RÁDIO CULTURA FM - 87.9 MHZ

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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Se não houver amanhã



Sabe, eu que costumava deixar muitas coisas para amanhã, resolvi lhe dizer, hoje, o quanto você é importante para mim, porque quando acordei pela manhã, uma pergunta ressoava na acústica de minha alma: “e se não houver amanhã?”

Então hoje eu quero me deter um pouco mais ao seu lado, ouvir suas idéias com mais atenção, observar seus gestos mais singelos, decorar o tom da sua voz, seu jeito de andar, de correr, de abraçar.

Porque... se não houver amanhã... eu quero saber qual é sua comida preferida, a música que você mais gosta, a sua cor predileta... Hoje eu vou observar seu olhar, descobrir seus desejos, seus anseios, seus sonhos mais secretos e tentar realizá-los.

Porque, se não houver amanhã... Eu quero ter gravado em minha retina o seu sorriso, seu jeito de ser, suas manias... Hoje eu q
uero fazer uma prece ao seu lado, descobrir com você essa magia que lhe traz tanta serenidade, quero subir aos céus com você, pelos fios invisíveis da oração.

Hoje eu vou me sentar com você na relva macia, ouvir a melodia dos pássaros e sentir a brisa acariciando meu rosto, colado ao seu, em silêncio... E sem pressa.

Hoje eu vou lhe pedir por favor, agradecer, me desculpar, pedir perdão, se for necessário. Sabe, eu sempre deixei todas essas coisas para amanhã, mas o amanhã é apenas uma promessa...
o hoje é presente. Assim, se não houver amanhã eu quero descobrir hoje qual é a flor que você mais gosta e lhe ofertar um belo ramalhete.

Quero conhecer seus receios, lhe aconchegar em meus braços e lhe transmitir confiança... Hoje, quando você for se afastar de mim, vou segurar suas mãos e pedir para que fique um pouco mais ao meu lado.

Sabe, eu sempre costumo deixar as palavras gentis para dizer amanhã, carinhos para fazer amanhã, muita atenção para prestar amanhã, mas o amanhã talvez não nos encontre juntos.

Eu sei que
muitas pessoas sofrem quando um ser amado embarca no trem da vida e parte sem que tenham chance de dizer o que sentem, e sei também que isso é motivo de muito remorso e sofrimento.

Por isso eu não quero deixar nada para amanhã, pois se o amanhã chegar e não nos encontrar juntos,
você saberá tudo o que sinto por você e saberei também o que você sente por mim. Nada ficará pendente...

Quero registrar na minha alma cada gesto seu.

Quero gravar em meu ser, para sempre, o seu sorriso, pois se a vida nos levar por caminhos diferentes eu terei você comigo, mesmo estando temporariamente separados.

Sabe, eu não sei se o amanhã chegará para nós, mas sei que hoje, hoje eu posso dizer a você o quanto você é importante para mim.

Seja você meu filho, minha filha, meu esposo ou esposa, um amigo talvez,
você vai saber hoje, o quanto é importante para mim... Porque, se não houver amanhã...

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Todo Mundo Erra



Você, certamente, já ouviu ou falou a frase: "todo mundo erra!". Essa afirmativa está correta, porque a Terra é um planeta de provas e expiações, o que quer dizer que neste mundo não há ninguém perfeito.

A perfeição é uma meta que todos nós alcançaremos um dia, mas não pode ser encontrada no atual estágio evolutivo da humanidade terrestre. Não é outra a razão porque todos ainda cometemos erros, embora muitas vezes tentando acertar.

Tudo isso é fácil de entender, dirão alguns. E mais fácil ainda é tentar justificar as próprias faltas com a desculpa da imperfeição. Admitir, portanto, que cometemos falhas mais vezes do que gostaríamos, não é difícil. Também não é difícil tolerar os escorregões dos nossos afetos.

No entanto, se você admite que "todo mundo erra", porque é tão difícil relevar as imperfeições alheias? Porque é tão fácil justificar os próprios erros e tão difícil aceitá-los nos outros?

Se quebramos um copo, por exemplo, logo nos desculpamos dizendo que foi sem querer
, e pode ter sido mesmo. Mas, se é outra pessoa que o faz, já achamos uma maneira de criticar, dizendo que é descuidada ou não prestou a devida atenção no que estava fazendo.

Se a esposa não conseguiu servir o almoço na hora que deveria, é porque ficou de conversa fiada com alguma amiga. Mas quando você é o esposo e não dá conta de entregar um serviço no prazo, é porque é um homem muito atarefado.

Quando o marido chega em casa nervoso e irritado, é porque está sobrecarregado de problemas, mas não desculpa se a esposa está impaciente por ter passado o dia todo ouvindo choro de criança e atendendo as tarefas da casa.

Se você é a esposa e tem seus motivos para justificar a falta de atenção com os filhos, em determinado momento, pense que seu esposo também tem suas razões para justificar uma falta qualquer.

Se você é filho e acha que está certo agindo desta ou daquela maneira, entenda seus pais, pois eles também encontrarão motivos para justificar seus deslizes.

O que geralmente ocorre, é que não paramos para ouvir as pessoas que transitam em nossa estrada. O que é mais comum, é criticar sem saber dos motivos que as levaram a se equivocar.

Se temos sempre uma desculpa para nossas faltas, devemos convir que os outros também as têm. Se assim é, por que tanta inquietação com as ações que julgamos erradas nos outros?

Não temos a intenção de fazer apologia ou defender o desculpismo, mas, simplesmente, chamar a atenção para o fato de que todos estamos sujeitos a dar um passo em falso. E por isso devemos, no mínimo, entender quando isso acontece.

Se todo mundo erra, temos mais motivos para a tolerância e o perdão. E se ninguém é perfeito, mais razão para entender as imperfeições alheias.

Ou será que só nós temos o direito a tropeçar?
Um dia eu vou...

Você alguma vez se pegou dizendo:
“Um dia vou escrever um livro... ou viajar pelo mundo, compor uma sinfonia...”, ou qualquer outra coisa do gênero? Não foi só você que fez isso.

Quase todos nós fantasiamos sobre algo que gostaríamos de fazer um dia. Uns gostariam apenas de ter mais tempo para dedicar à família ou aos amigos; outros de trabalhar em algo diferente, ou desenvolver um hobby, um talento. Seja como for que você complete a frase

um dia eu vou...”- saiba que os sonhos e sentimentos a respeito do que gostaria de fazer são pistas importantes para a identificação do que realmente é mais importante para você.

E se é importante, comece desde já... Lembre-se, a cada manhã, quando o despertador toca, você tem uma nova oportunidade de fazer o que quer com as horas à sua frente.
Diariamente você recebe uma lousa nova, sem nada escrito. Você pode ter 10, 20, 30, 50 anos de vida pela frente; e como você vai usar esse tempo?

O que você vai fazer com o resto da sua vida? Vai continuar a se enganar, achando que algum dia terá tempo para fazer alguma das coisas que realmente são importantes para você?
Na verdade, isso nunca acontecerá, a menos que você decida que esse tempo é hoje.

A
verdadeira realização na vida acontece quando respondemos com honestidade às seguintes perguntas: - o que é mais importante para mim?, - o que eu gostaria verdadeiramente de realizar?, - que legado eu gostaria de deixar?

O desafio é descobrir o que queremos, o que gostaríamos de fazer e, então, começar a trabalhar diariamente para realizar nossos desejos. Não importa se temos, 20, 35, 50, 75 anos, ou mais.
O que precisamos fazer é decidir quando vamos começar a trabalhar para conseguir o que queremos.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

No céu

Era uma vez, num certo lugar, num tempo imaginário, um senhor muito rico e muito maldoso. Era rico e esbanjava dinheiro com luxo e conforto para ele, mas seus empregados eram desprezados, e quase não tinham salário.

O que eles ganhavam mal dava para comer.
Para o rico não faltava nada. Ele era muito bem vestido, comia do bom e do melhor. Fazia grandes festas, e seus funcionários passavam muitas necessidades.
Sebastião era o mais miserável e mal tratado daquela casa. Toda raiva do patrão era descontada no coitado do Sebastião.

No frio Sebastião tremia porque não tinha blusa. Vivia sempre com fome. Só comia os restos que seriam jogados para o cachorro. Um dia o patrão morreu e foi para o céu. Chegando lá vestiram o patrão com uma roupa muito bonita, e começaram a passar muitos doces na sua roupa.

Era uma maravilha de se ver. Aqueles doces apetitosos, caldas de caramelo escorrendo, chocolates de todas as espécies, tudo passado na roupa do patrão. Um dia depois morreu o Sebastião, que era empregado, e também foi para o céu.

Chegando lá deram uma roupa muito velha e suja para o pobre Sebastião, e ainda por cima começaram a colocar barro, estrume de animais e humanos. O rico estava todo orgulhoso de suas novas roupas, e o Sebastião continuava triste mas calado.
Os outros habitantes do céu estavam indignados com tamanha injustiça.

Onde já se viu, o rico que sempre aproveitou a vida e fez todo tipo de maldade estava bem vestido e cheiroso, enquanto o Sebastião que sempre foi humilde e humilhado estava todo sujo e fedido.
Ouviu-se um sinal e todos se reuniram numa grande sala.
O rico foi chamado e colocado num lugar de destaque bem na frente de todas as pessoas, de forma que todos podiam vê-lo.
Logo em seguida o Sebastião também foi chamado e colocado ao lado do rico.

Uma voz muito forte ressoou e mandou que o rico fosse lambendo a roupa do Sebastião e que o Sebastião fosse lambendo a roupa do rico. A partir daí ninguém mais achou que era injustiça.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Quando Deus nos olha

Uma senhora gostava de repetir uma singular experiência que vivera na sua juventude. Nascera numa pequena aldeia e, filha de uma família modesta, herdara a profissão da mãe - costureira.
Certo dia, a maquina apresentou um sério defeito e precisou ser levada a uma oficina de consertos que distava vinte quilômetros da aldeia. Colocaram-na num carrinho e se servindo da companhia de uma amiga pôs-se a caminho.

Quando chegaram, o técnico disse-lhes que o conserto demoraria algumas horas - o que de fato ocorreu. Portanto, já era noite quando as duas jovens retomaram o caminho com destino à aldeia.
A quietude da noite as incomodava grandemente e, temendo algum encontro desagradável, especialmente na floresta que forçosamente teriam de atravessar e que ficava distante de qualquer moradia, ambas concluíram que em tais circunstâncias só poderiam contar com a proteção do Senhor.
Ajoelharam-se à beira do caminho e humildemente suplicaram a Deus que as guardasse e as livrasse de qualquer forma de perigo.

Com os corações reconfortados prosseguiram na caminhada, seguras da presença do Senhor. Com um pouco mais de tempo, entraram na floresta. A noite estava clara, mas a sombra da folhagem escurecia de tal maneira a estrada que elas nem sequer podiam ver onde colocavam os pés; porém, seguiam confiantes, sabendo que o Pai nunca desampara aqueles que o buscam.

E nesse pensamento, de repente, viram um enorme cão pastor saído de algum ponto da floresta, aproximar-se delas e caminhar lado a lado com as duas. Ambas esperavam que o dono do cão aparecesse a qualquer momento, mas isso não aconteceu e lá seguiram elas o seu caminho, acompanhadas por aquele guarda providencial.

A escuridão crescia à medida que a floresta ficava mais densa e, em dado momento, eis que um homem atravessou-se no caminho, bem perto das jovens, enquanto elas, espantadas, se detiveram à medida que ele ia se aproximando. Foi aí que o guarda providencial entrou em ação.
Eriçou os pêlos, arqueou o corpo e se preparou para saltar sobre o intruso. Este, vendo as intenções do inimigo com quem teria de se bater embrenhou-se de novo na floresta. O animal prosseguiu caminhando ao lado das duas, até chegarem à casa da costureira.

Quando aliviadas abriram a porta e entraram, viraram-se para chamar o cão, na intenção de agradá-lo, mas o animal já havia se afastado e desaparecido na noite escura tão misteriosamente como havia aparecido, quando atravessavam a floresta. As duas jovens nunca mais viram o animal.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Um som por um perfume

Um pobre viajante parou ao meio-dia para descansar à sombra de uma frondosa árvore. Ele viera de muito longe e sobrara apenas um pedaço de pão para almoçar. Do outro lado da estrada, havia um quiosque com tentadores pastéis e bolos; o viajante se deliciava sentindo as fragrâncias que flutuavam pelo ar, enquanto mascava seu pedacinho de pão dormido.

Ao se levantar para seguir caminho, o padeiro subitamente saiu correndo do quiosque, atravessou a estrada e agarrou-o pelo colarinho.
- Espere aí! - gritou o padeiro. - Você tem que pagar pelos bolos!
- Que é isso? - protestou o espantado viajante. - Eu nem encostei nos seus bolos!

- Seu ladrão! - berrava o padeiro. - É perfeitamente óbvio que você aproveitou seu próprio pão dormido bem melhor, só sentindo os cheirinhos deliciosos da minha padaria. Você não sai daqui enquanto não me pagar pelo que levou. Eu não trabalho à toa não, camarada!
Uma multidão se juntou e instou para que levasse o caso ao juiz local, um velho muito sábio. O juiz ouviu os argumentos, pensou bastante e depois ditou a sentença.

- Você está certo - disse ao padeiro. - Este viajante saboreou os frutos do seu trabalho. E julgo que o perfume dos seus bolos vale três moedas de ouro.
- Isso é um absurdo! Objetou o viajante. - Além disso, gastei meu dinheiro todo na viagem. Não tenho mais nem um centavo.
- Ah... - disse o juiz. - Neste caso, vou ajudá-lo.

Tirou três moedas de ouro do próprio bolso, e o padeiro logo avançou para pegar.
- Ainda não - disse o juiz. - Você diz que esse viajante meramente sentiu o cheiro dos seus bolos, não é?

- É isso mesmo - respondeu o padeiro.
- Mas ele não engoliu nem um pedacinho?
- Já lhe disse que não.
- Nem provou nem um pastel?
- Não!
- Nem encostou nas tortas?
- Não!

- Então, já que ele consumiu apenas o perfume, você será pago apenas com som. Abra os ouvidos para receber o que você merece.
O sábio juiz jogou as moedas de uma mão para outra, fazendo-as retinir bem perto das gananciosas orelhas do padeiro.

- Se ao menos você tivesse a bondade de ajudar esse pobre homem em viagem - disse o juiz -, você até ganharia recompensas em ouro, no Céu.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

O perigo da intriga

Penava em seu covil um leão já muito idoso. Cada dia chegavam notícias que o seu estado se agravava e que ele andava morre não morre. Todavia, apegado à vida como era, lutava contra a morte, por todos os meios.
Um dia, fez divulgar uma ordem aos animais que viviam em seus domínios para que, um a um, o visitassem e lhe dessem receitas de medicamentos que ajudassem a restaurar suas forças e restabelecê-lo da enfermidade que, lentamente, ia minando a sua vida.

Tão logo foram tomando conhecimento sobre a determinação do seu rei, a bicharada foi procurando encontrar algo que minorasse o sofrimento do leão. Diariamente, iam os animais visitá-lo.
- Onde anda a raposa? Por que se demora em vir? - indagou o rei ao lobo.
Este, intrigante e inimigo pessoal da raposa, não perdeu a chance:

- Eu sei. É que ela se considera superior e acha que Vossa Majestade já está mesmo no fim da vida, portanto, pra que perder tempo com um caco quase sem utilidade... Só mesmo uma desalmada como a raposa diria isso!
Ao ouvir tamanho insulto, o leão aborreceu-se ao extremo e furioso fez intimar a raposa para que imediatamente comparecesse à sua presença. Sem qualquer protesto, a raposa se apressou em atender a intimação do rei.

- Então é assim que me trata, vilíssimo animal? - disse-lhe o leão, indignado. - Já se esqueceu que ainda sou o rei da floresta ?
- Perdão, Majestade. Alguma coisa está errada na informação que lhe prestaram. Só não vim até agora, por andar peregrinando por outras plagas, à procura de uma solução para a enfermidade que abate o ânimo do meu soberano tão querido e respeitado por todos nós.

E quero que saiba que a minha prolongada procura não foi em vão, visto que lhe trago a única receita capaz de produzir as melhoras que o meu rei tanto deseja! - falou a raposa, com todo o desembaraço e demonstração de real interesse.
- Diga-me logo o que é, para que tome as providências - ordenou o leão.
- É necessário combater o frio que entorpece o seu corpo, revestindo-o com um capote de pele de lobo ainda quente, isto é, lobo escorchado na hora. E como está presente o seu fiel súdito - o lobo - ele lhe emprestará a pele com extremada alegria e galardoado pela oportunidade, garanto-lhe.

Eis aí o trágico fim de um intrigante...

Encontrando as moedas

Certo dia, um pequeno menino andando pela rua achou uma brilhante moeda de cobre. Ficou muito animado por conseguir dinheiro que não lhe custou qualquer coisa.

Esta experiência o convenceu a passar o resto de seus dias sempre andando com a cabeça baixa, olhos bem abertos, procurando por tesouros.

Ao longo de sua vida achou 382 moedas e notas.
Totalizando $13.96.

Conseguiu dinheiro por nada. Exceto que perdeu a beleza de 31.369 pôr-do-sol, o esplendor colorido de 157 arco-íris.
Ele nunca viu nuvens brancas movendo-se através de céus azuis, mudando entre várias formações maravilhosas.

Os pássaros voando, o sol a brilhar, e os sorrisos de milhares de pessoas que passaram não fazem parte de sua memória.

Quem sabe você está vivendo desta forma?
Cabeça voltada para baixo, carregado com coisas triviais, com medo da dor e da crítica e temendo coisas que nunca acontecem, esperando achar aquela moeda de cobre...
por nada.

Tradução: Sergio Barros

O carrinho

Quando pequeno, papai lutava com alguma dificuldade para manter a família, pois éramos cinco filhos, todos pequenos.
Como estávamos sempre a desejar um carrinho, como os filhos dos vizinhos tinham, ele, economizando um pouco, comprou-nos um esclarecendo que pertenceria a todos.

Ficamos muito contentes mas, em breve, estávamos brigando, cada qual julgando ter primazia para usar o brinquedo.
Não podendo adquirir um carrinho para cada filho, certo dia, depois de uma das nossas muitas discussões, ele chamou-nos para conversar.
- Vocês estão se desentendendo por causa do carrinho e isso não é bom. Mas há um meio de resolver o problema. Durante uma semana o carrinho vai pertencer apenas a um de vocês. Os demais se ocuparão dos trabalhos da casa, auxiliando sua mãe. Aquele que estiver com o carrinho poderá empregar o tempo do modo que quiser...

O plano não nos pareceu mau e, quando fizemos o sorteio para saber quem ficaria com o brinquedo em primeiro lugar, fui o contemplado. Fiquei muito satisfeito, mas nos dias que se seguiram percebi que brincar sem os companheiros era terrivelmente monótono. Trabalhando juntos, os meus irmãos pareciam mais contentes e felizes do que eu.
Confessei-lhes o que estava sentindo e decidimos conversar outra vez com papai.
- E vocês, sentem-se satisfeitos trabalhando sem o Juca?

Meus irmãos responderam que não. Além do trabalho ter-se tornado mais árduo, eles sentiam falta da minha companhia.
- Então, disse meu pai depois de pensar um pouco, por que vocês não resolvem o caso da seguinte maneira: antes vocês realizam, juntos, as tarefas da casa. Com o tempo que restar, pois o trabalho ficará reduzido, poderão brincar à vontade com o carrinho. Que tal a idéia?

Achamos que a solução era ótima. Começamos a trabalhar juntos, auxiliando-nos uns aos outros e, depois de tudo terminado, corríamos para o carrinho, usando-o para brincadeiras em grupo. Acabaram-se as brigas e até hoje eu e meus irmãos mantemos vivo esse espírito de cooperação e camaradagem.

Um presente

Um antigo conto de Natal fala de um menino humilde, que por várias razões sentia-se triste e quase um infeliz: o pai desempregado e o dinheiro nunca chegava. Ele sempre usava roupas velhas e remendadas. Precisava esperar muitas horas para receber algo para comer. Assim, enquanto andava pelas ruas com as mãozinhas metidas nos grandes bolsos, ele via crianças bem agasalhadas, em suas luxuosas casas, e pensava nas muitas coisas gostosas que elas encontravam ali para comer com fartura.

Cada vez que via nas vitrines os bonitos brinquedos, lembrava-se da irmãzinha doente e de cama; mas certa tarde, ele viu mudar a sua vida de menino pobre. Seguia caminho de casa quando uma senhora o fez parar, indagando sobre se o seu nome era Carlito Lemos.

- Sim, senhora - respondeu o pequeno, tomado de surpresa e espanto.
- Bem, o seu nome está na nossa lista e queremos que compareça a uma reunião da Sociedade Beneficente. Eis a sua entrada e não perca o papel.
- Oh!, isso é mesmo verdade? Mas, e para a minha irmãzinha doente? Talvez ela melhore e possa ir. Posso levá-la comigo? - arriscou o menino.

- Dessa vez não podemos dar uma entrada também para ela. Em outra ocasião ela será convidada, com certeza - argumentou a senhora.
À noite, lá estava o tristonho menino na festa. Comeu muita coisa gostosa, até chegar a hora de repartir os brinquedos. Cada criança escolheria o seu. Ele ficou fascinado por uma locomotiva de corda, mas, ao indagarem sobre o que ele iria escolher, o menino disse:

- Gostaria de ter essa locomotiva, mas vou escolher aquela boneca. - Tinha os olhos rasos de lágrimas, mas manteve a cabecinha erguida.
As outras crianças, não compreendendo o motivo da escolha, puseram-se a chamá-lo de Mariquita. Envergonhado, tomou seu boné e saiu com a boneca embaixo do braço; pouco depois, encontrava-se ao lado da cama da irmãzinha enferma, risonho e com ares de menino feliz.

- Que bom ver você. Eu estava tão só... Mas o que é isto aí? - perguntou.
Naquele momento, o menino esqueceu-se das desditas e estremeceu de alegria, vendo a felicidade da irmãzinha acamada. Entretanto, logo em seguida bateram à porta. Era ainda aquela mesma senhora do convite.

- Vim aqui para lhe dizer que, ao explicar para as outras crianças sobre a razão da sua escolha, eles ficaram arrependidos pela indelicadeza e pediram então que trouxesse para você também um presente. Aqui está. Feliz Natal! Que Deus o abençoe sempre. Boa noite...
O menino abriu o pacote. Era a locomotiva! Tomado de emoção e alegria, ele pulava junto ao leito da irmãzinha, rindo e repetindo:

- Deus é grande mas vê os pequenos! Ora viva! Agora eu sou o menino mais feliz do mundo todo! Feliz porque pude deixar de pensar em mim para lembrar da maninha e também feliz porque não fui esquecido.

O presente das rosas

Três homens, sendo um ingrato, um conformado e um generoso, foram visitados, no mesmo instante e local, por um Gênio saído da Lâmpada.
Diante do inusitado, um deles falou:
- Gênio, que nos trazes?
- Rosas ! - disse o Gênio.

E abrindo seu manto mágico, dele retirou três lindos buquês de rosas, que ofereceu aos visitados, entregando um para cada.
Antes de partir, olhou-os fixamente e, percebendo algum desapontamento por conta da simplicidade de sua oferta, justificou-se:

- Rosas ... porque elas são jóias de Deus: deixam a vida mais rica e bela!
Os homens se entreolharam surpresos e, após se despedirem, cada um seguiu seu destino, dando finalidade diferente ao presente recebido.
O ingrato, maldizendo sua falta de sorte por haver encontrado um Gênio e dele recebido apenas flores, jogou-as num rio próximo.
O conformado, embora entristecido pela singeleza do presente, levou-as para casa, depositando-as num jarro.

O generoso, feliz pela oportunidade que tinha em mãos, decidiu repartir seu presente com os outros. Foi visto pela cidade distribuindo rosas, de porta em porta, com um detalhe: quanto mais rosas ofertava, mais seu buquê crescia em tamanho, beleza e perfume. Ao final, retornou para casa com uma carruagem repleta de rosas.

No dia seguinte, no mesmo local e instante, os três homens se reencontraram e, de súbito, ressurgiu o Gênio da véspera.
- Gênio, que desejas? - disse um deles.
- Que as vossas rosas se transformem em jóias! - disse o Gênio.

Desta forma, o homem generoso encontrou em casa uma carruagem repleta de jóias, extraordinariamente belas, tornando-se rico comerciante.
O homem conformado, retornando imediatamente para seu lar, encontrou, pendurado sobre o jarro onde depositara as rosas, um lindo e valioso colar de pérolas. Resignou-se em ofertá-lo para sua esposa.

O homem ingrato, dirigiu-se ao lugar onde jogara o buquê de rosas, viu, refletindo sobre as águas, um brilho intenso, próprio de jóias valiosas, que sumiu de seus olhos quando se atirou ao rio no propósito de alcançá-las.

Flores do pó

Com a vida apressada, angustiada, tão absorta em pensamentos pequenos, sem entender a dor disfarçada em mal humor, pouso os olhos no menino, ali, dormindo.
No meio da rua, entre carros, passantes, cachorros e passarinhos destoantes, com as mãozinhas sobre a cama de papelão, agarradinho, inocente, no corpo do irmão.

A mãe sofrida, sentada no sujo chão, tentando esconder a vergonha e a fome, tendo à frente o pai, derrotado enquanto homem.
A dor oprimida no peito, sem conseguir engolir, ver assim alguém tão só, uma família - flores do pó. Ah, a cruz! Preguem-me na cruz.
Quero morrer por eles, morrer por mim, inerte, covarde, torpe!
Nada a fazer, senão sofrer? Não tem remédio, senão chorar?
Menino dormindo, como o meu, como os nossos, sonha sonhos de criança, com luzes e festa, com brinquedos e paz, sorvete, banho, banheiro. Alegria o ano inteiro.

Perdeu o endereço do céu, mas espera Papai Noel. Aquele pai e aquela mãe, sem teto ou dignidade, não sabem da missa a metade.
Não choram, apenas pedem, que a sorte mude e os ventos tragam a esperança e o sorriso do menino, que dorme ali no chão, tranqüilo, ao relento, desprotegido.
A leoa de dentes arrancados, o guerreiro sem escudo, sem lança, sem conseguir defender sua criança, olhar vazio, de alma apagada, sem ter mais nada. Nada a oferecer, senão seu corpo. Nada a pedir, senão o pão. E eu, e você, o que fazemos?

Vamos embora, com a consciência confortada de que nada podemos fazer, por não termos o poder. Qual nada! Eu posso. Você pode. Mas é difícil, é cômodo. Você tem lar. Eu tenho pão. Eles é que não.

A triste preguiça

O garoto era, decididamente, um preguiçoso! Todos sabiam disso mas ninguém atinava sobre a melhor forma de ajuda-lo a vencer essa preguiça. Seus irmãos acabavam sempre terminando as tarefas apenas começadas por ele ou simplesmente deixadas de lado, como acontecia muitas vezes.

Sempre que a mãe o incumbia de sair para lhe comprar alguma coisa urgente, ele dava um jeitinho ate conseguir passar a responsabilidade para outro. Não gostava de se levantar de manha e a mesa ele não tinha pressa de tomar a refeição, mesmo notando que já esperavam impacientes por ele.
E assim, dia após dia, o garoto ia ficando cada vez mais preguiçoso. Empurrava todas as suas obrigações para os irmãos e não se importava com coisa alguma boa ou má que fosse acontecendo ao seu redor. Certa tarde, tio Cornélio veio visita-los. Não custou muito para que ele percebesse que, enquanto as outras crianças trabalhavam, o menino só fazia de conta, ou nem isso se dava ao trabalho de fazer.

Pobre garoto, pensou o tio. Ninguém o suportará, se continuar assim. Preciso descobrir uma maneira de ajuda-lo! Depois de vários dias de observação continua o tio descobriu que uma das poucas coisas que o menino gostava de fazer era pescar. Então, discretamente, o tio falou perto dele como pessoalmente apreciava passeios, piqueniques e pescarias. O plano funcionou mais depressa do que se imaginava.

- Tio Cornélio, o senhor quer me levar para um dia inteirinho de pescaria? --pediu o menino ao entardecer de um certo dia.
- Bem, você não acha que os seus irmãos também gostariam de ir? Talvez a gente possa planejar o passeio e a pesca para o próximo sábado, lá no Lago dos Espelhos. Passaremos o dia todo por lá e retornaremos ao anoitecer. Os pais vibraram com a idéia e concordaram felizes!

- Mas muitas coisas deverão ser feitas antes do passeio - disse-lhes a mãe. - Eu farei a minha parte, providenciando um suculento e bem substancioso lanche, e cada um terá de fazer também a sua parte.
- Nos a ajudaremos naquilo que for necessário - propuseram os irmãos do nosso garoto, enquanto ele, silencioso, não se prontificou a ajudar em nada. Tio Cornélio, lá do seu canto, mantinha-se atento a cada detalhe.
Na sexta-feira a noite, as crianças, eufóricas e ansiosas, já não conseguiam mais esperar pela manha de sábado. O tio comunicou que partiriam muito de manha e que todos deveriam deixar suas roupas em condições de serem vestidas rapidamente. A essa altura o garoto foi dizendo:

- Procurem a minha roupa e coloquem de jeito pra eu vestir amanha.
- Nada disso, mocinho! Cada um terá de cuidar do que é seu. Essa é a minha condição; do contrario, não iremos - disse o tio com firmeza.
Na manha seguinte, todos pularam da cama e se arrumaram depressa, menos o menino, que nem se lembrou do passeio. Quando estava acordando ouviu a caminhonete já saindo. Era tarde demais...


Imaginação

Um senhor muito rico vai à caça na África e leva consigo um cachorrinho para não se sentir tão só naquelas regiões. Um dia, já na expedição, o cachorrinho começa a brincar de caçar mariposas e quando se dá conta já está muito longe do grupo do safári.

Nisso vê que vem perto uma pantera correndo em sua direção. Ao perceber que a pantera irá devorá-lo, pensa rápido no que fazer. Vê uns ossos de um animal morto e se coloca a mordê-los.
Então, quando a pantera está a ponto de atacá-lo, o cachorrinho diz:
- Ah, que delícia esta pantera que acabo de comer!
A pantera pára bruscamente e sai apavorada correndo do cachorrinho e vai pensando:
- Que cachorro bravo! Por pouco não come a mim também!

Um macaco que estava trepado em uma árvore perto e que havia visto a cena, sai correndo atrás da pantera para lhe contar como ela foi enganada pelo cachorro. Mas o cachorrinho percebe a manobra do macaco...
O macaco alcança a pantera e lhe conta toda a história. Então, a pantera furiosa diz:
- Cachorro maldito! Me vai pagar! Agora vamos ver quem come a quem!

- Depressa! Disse o macaco. Vamos alcançá-lo!
E saem correndo para buscar o cachorrinho. O cachorrinho vê que a pantera vem atrás dele de novo e desta vez traz o macaco montado em suas costas.
- Ah, macaco desgraçado! O que faço agora? Pensou o cachorrinho.
O cachorrinho ao invés de sair correndo, fica de costas como se não estivesse vendo nada, e quando a pantera está a ponto de atacá-lo de novo, o cachorrinho diz:
- Maldito Macaco preguiçoso!

Faz meia hora que eu o mandei me trazer uma outra pantera e ele ainda não voltou!
Em momentos de crise, só a imaginação é mais importante que o conhecimento.

Albert Einstein

Plantar

Aquele fora um dia diferente...
A tarde caía rápida e fria e o vento na folhagem amarelada anunciava que a chegada do inverno estava próxima.
Mateus, era um garoto de dez anos e se acostumara às alegrias descontraídas de sua pequena família, composta pelos pais e uma irmã mais nova que com ele compartilhava das brincadeiras infantis.

Mas a vida nem sempre nos reserva surpresas agradáveis. Era isso que Mateus descobrira naquele dia em que contemplava o corpo do pai, a quem tanto amava, estendido num caixão sobre a mesa.
Todos enxugavam o pranto, mas ele tinha nos olhos grossas lágrimas que se recusavam a cair. Nunca havia experimentado um sentimento igual. Era como se algo dentro do seu coraçãozinho tivesse se partido em mil pedaços.
O enterro foi consumado...
A vida deveria seguir seu curso, mas em seu lar faltava alguém.
Faltava a figura respeitável do pai amado.
Sobrava um lugar à mesa. Sobrava o pedaço de frango predileto do papai. O pudim se demorava na geladeira.

E Mateus pensava em como suportaria tanta amargura e saudade.
No entanto, a volta às aulas, às brincadeiras com a irmã, os piqueniques, as tardes no parque, trouxeram novo alento ao seu coração juvenil.
Um dia, a visita de uma amiga da família trouxe de volta as lembranças tristes. - A mãe falava da falta que sentia do companheiro.

Dizia que a saudade lhe acompanhava de perto e que era difícil a vida depois que o marido morrera.
E Mateus que, não muito longe escutava a conversa das amigas, aproximou-se e disse com a segurança de quem tem certeza:
- Mamãe, você disse que o papai morreu, mas eu asseguro que
isso não é verdade.
A mãe olhou-o com ternura e desejando consolá-lo, disse:
- Sim filho, o papai vive além da cortina que nos separa dele momentaneamente.
- Não, mamãe! O papai vive e viverá para sempre.
- Ele vive em mim através de tudo o que me ensinou...
- Quando sou obediente, eu o sinto em minha intimidade porque foi ele quem me ensinou a obedecer.

- Quando sou honesto, lembro-me das muitas vezes que ele enalteceu a honestidade.
- Quando perdôo meus amigos, quase o ouço dizer: "filho, quem perdoa não adoece porque não guarda o lixo da mágoa na intimidade".
- Quando sinto que a inveja deseja instalar-se em minha alma, lembro-me de ter ouvido de seus lábios: "a inveja é um ácido corrosivo que prejudica quem a alimenta."
- E quando, por fim, meu coração se enche de saudade e penso que não mais a suportarei, uma suave brisa perpassa meu ser e ouço sua voz falando baixinho: "filho, eu estou ao seu lado, não duvide".

- E é assim, mãezinha, que eu sei que papai não morreu. Sinto que ele continua vivo, não somente atrás da cortina que temporariamente nos separa, mas também através da herança de amor que legou a todos nós.

Quem deseja plantar apenas por alguns dias, planta flores...
Quem deseja plantar para alguns anos ou séculos, planta árvores.
Mas quem quer plantar para a eternidade, planta idéias nobres nos corações daqueles a quem ama.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Muita gente vai...

Muita gente vai entrar e sair da sua vida, mas somente verdadeiros amigos deixarão marcas em seu coração.

Para se segurar, use a cabeça; Para segurar os outros, use o coração. Ódio é apenas uma curta mensagem de perigo. Grandes mentes discutem idéias;
Mentes medianas discutem eventos;
Mentes pequenas discutem pessoas.

Aquele que perde um amigo, perde muito mais.
Aquele que perde a fé, perde tudo.
Jovem bonito é um acidente da natureza,
Velho bonito é uma obra de arte.
Aprenda com os erros dos outros:
Você não poderá viver o bastante para cometê-los todos por si só.

Amigos, eu e você...Você trouxe outro amigo...
E nós iniciamos um grupo... seu círculo de amigos...
E como um círculo, não tem começo nem fim...
Ontem é Historia. Amanhã é mistério.

Hoje é uma dádiva.

Mostre a seus amigos o quanto eles são importantes.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Você é o que semeou

Certa vez contei uma mentira a um homem. Ele respondeu-me dizendo isto: - Todas as decisões que devo tomar serão baseadas nas suas palavras. Desde então, eu só disse a verdade.

Certa vez reclamei de um presente que recebi, porque não era o que eu queria. Aquela que me presenteou percebeu o desapontamento em meus olhos e disse-me isto: - Escolhi o presente mais valioso que poderia encontrar, porque achei que você deveria ter um deste. Desde então, fico muito alegre com cada presente que recebo.

Certa vez um homem contou-me um segredo, o qual eu sussurrei baixinho no ouvido de um outro amigo. O homem disse-me isto, depois de ouvir seu segredo repetido: - A razão pela qual contei-lhe o segredo foi porque confiei em você, não em seu amigo. Desde então, não confio assim tão facilmente.

Certa vez dei um presente a uma amiga e ela chorou. Me desculpei por ser um presente tão pequeno mas era o que eu tinha encontrado. E ela me respondeu: - Não há nada de errado com o presente, estou emocionada porque você lembrou-se de mim. Desde então, eu dou presentes freqüentemente.

Estava tentando apenas ser eu mesmo, passando despercebido sem chamar atenção. E me foi dito isto: - O fato de você não se adequar faz com que você fique fora de tudo. Desde então, eu penso sobre isto. Penso ... existo... penso... somos...

...VOCÊ é um agente muito importante na existência, não vivemos aqui sozinhos. Cada movimento que faz cria uma onda no oceano do outro. Cada vez que você respira afeta todo o ar a volta de quem você está. Cada palavra que você expressa bate no ouvido de alguém.

Aquilo que você toca é sentido por outra pessoa. Aquilo que você faz, certamente afetará alguém. O que não faz ou deixa de fazer, também afetará pessoas. Nós nunca sabemos a distância realmente alcançada por algo que falamos ou fazemos até que nos retorne... Todas as coisas na vida formam um círculo e estamos no meio dele, quer o vejamos ou não...

E tudo que devemos fazer é criar agradáveis ondas, aquelas que envolvem calorosamente tudo em torno de você, e que voltam suaves, fazendo por sua vez que você crie, cada vez mais, ondas agradáveis. Aquilo que o homem semear, com certeza também colherá.

Que tal hoje não se levar muito a sério?

Você mesmo vá até a frente do espelho e prometa a si próprio que não vai se levar muito a sério neste dia... Muitas das nossas atribulações se devem ao fato de que nos levamos demasiadamente a sério.

É claro que precisamos nos levar a sério. Um dos ingredientes mais importantes de uma vida feliz e equilibrada é a auto-estima, é você gostar de si mesmo, se amar e se respeitar. Mas se você começar a achar que é o centro do mundo e que tudo tem que girar em torno de você, as coisas vão ficar difíceis para o seu lado. Portanto, não exagere.

Já que estamos tratando de seriedade, talvez fosse bom prometer também que nesse dia você não vai levar os outros muito a sério. Por quê? Ora, se você já prometeu não se levar a sério demasiadamente, é claro por que não pode estender isso também aos seus semelhantes? Não quer dizer que você deixe de respeitar os outros. O erro está em dar uma importância exagerada à opinião alheia, deixando que isso interfira na nossa vida, a ponto de nos bloquear e nos limitar naquilo que fazemos. Portanto, novamente, não exagere.

Para completar essa revolução, e já que nesse dia você já resolveu que não vai levar demasiadamente a sério os outros e até a si mesmo, aproveite então para não levar nada demasiadamente a sério. Ora, é preciso levar a vida a sério. É preciso ter responsabilidade, mas também é necessário ter sempre em mente que as coisas passam...

Tudo está sempre mudando, sempre se modificando, sejam emoções, sentimentos, conhecimentos, situações, relacionamentos...
Então levar as coisas a sério, como se elas fossem eternas e imutáveis, é uma fonte de problemas. Por isso, novamente, não exagere. O segredo está exatamente aí!

Aliviado agora da carga de uma excessiva seriedade que, no final das contas, é apenas uma fonte de ansiedade e estresse, você está sorridente e leve como uma criança; e é exatamente assim que deve sair para o mundo. Como uma criança. Alegre, disposto, com os olhos de descoberta.

Experimente olhar o mundo hoje como se ele tivesse sido inventado agora! Divirta-se!

O Concerto do grande Mestre...

Desejando encorajar o progresso de seu jovem filho ao piano, uma mãe levou seu pequeno filho a um concerto de Paderewski. Depois de sentarem, a mãe viu uma amiga na platéia e foi até ela para saudá-la. Tendo a oportunidade para explorar as maravilhas do teatro, o pequeno menino se levantou e eventualmente suas explorações o levaram a uma porta onde estava escrito "PROIBIDA A ENTRADA".

Quando as luzes abaixaram e o concerto estava prestes a começar, a mãe retornou ao seu lugar e descobriu que seu filho não estava lá. De repente, as cortinas se abriram e as luzes caíram sobre um impressionante piano Steinway no cento do palco. Horrorizada, a mãe viu seu filho sentado ao teclado, inocentemente catando as notas de " Cai, cai, balão ".

Aquele momento, o grande mestre de piano fez sua entrada, rapidamente foi ao piano, e sussurrou no ouvido do menino:
- "Não pare, continue tocando. Então, debruçando, Paderewski estendeu sua mão esquerda e começou a preencher a parte do baixo. Logo, colocou sua mão direita ao redor do menino e acrescentou um belo acompanhamento de melodia.

Juntos, o velho mestre e o jovem noviço transformaram uma situação embaraçosa em uma experiência maravilhosamente criativa. O público ficou perplexo...

É assim que as coisas são com Deus. O que podemos conseguir por conta própria mal vale mencionar. Fazemos o melhor possível, mas os resultados não são exatamente como uma música graciosamente fluida. Mas, com as mãos do Mestre, as obras de nossas vidas verdadeiramente podem ser lindas. Na próxima vez que você se determinar a realizar grandes feitos, ouça atentamente.

Você pode ouvir a voz do Mestre, sussurrando em seu ouvido: "Não pare, continue tocando". Sinta seus braços amorosos ao seu redor. Saiba que suas fortes mãos estão tocando o concerto de sua vida. Lembre-se, Deus não chama aqueles que são equipados. Ele equipa aqueles que são chamados. E Ele sempre estará lá para amar e guiar você a grandes coisas.

A lei e as frutas

No deserto, as frutas eram raras. Deus chamou um dos seus profetas, e disse: - Cada pessoa só pode comer uma fruta por dia.

O costume foi obedecido por gerações, e a ecologia do local foi preservada. Como as frutas restantes davam sementes, outras árvores surgiram. Em breve, toda aquela região transformou-se num solo fértil, invejado pelas outras cidades.

O povo, porém, continuava comendo uma fruta por dia, fiel à recomendação que um antigo profeta tinha passado aos seus ancestrais. Alem do mais, não deixava que os habitantes das outras aldeias se aproveitassem da farta colheita que acontecia todos os anos.

O resultado era um só: as frutas apodreciam no chão. Deus chamou um novo profeta e disse: - Deixe que comam as frutas que queiram. E peça que dividam a fartura com seus vizinhos.

O profeta chegou na cidade com a nova mensagem. Mas terminou sendo apedrejado, já que o costume estava arraigado no coração e na mente de cada um dos habitantes. Com o tempo, os jovens da aldeia começaram a questionar aquele costume bárbaro.

Mas, como a tradição dos mais velhos era intocável, eles resolveram afasta-se da religião. Assim, podiam comer quantas frutas queriam, e dar o restante para os que necessitavam de alimento.

Na igreja local, só ficaram os que se achavam santos. Mas que, na verdade, eram pessoas incapazes de enxergar que o mundo se transforma, e que devemos nos transformar com ele.

(www.paulocoelho.com.br)

batatas...

O professor pediu para que os alunos levassem batatas e uma sacola plástica para a aula. Durante a aula, ele pediu para que separassem uma batata para cada pessoa de quem sentiam mágoas, escrevessem os seus nomes nas batatas e as colocassem dentro da sacola.

Algumas das sacolas ficaram muito pesadas. A tarefa consistia em, durante uma semana, levar para todos os lados a sacola com as batatas. O incômodo de carregar a sacola, a cada momento, mostrava-lhes o tamanho do peso espiritual diário que a mágoa ocasiona.

Bem como o fato que, ao colocar a atenção na sacola, para não esquecê-la em nenhum lugar, os alunos deixavam de prestar atenção em outras coisas que eram importantes para eles. Esta é uma grande metáfora sobre o preço que se paga, todos os dias, para manter a dor, a bronca e a negatividade.

Principalmente quando damos importância aos problemas não resolvidos ou às promessas não cumpridas, nossos pensamentos enchem-se de mágoa, aumentando o estresse e roubando nossa alegria.

Perdoar e deixar estes sentimentos ir embora é a única forma de trazer de volta a paz e a calma. Vamos lá... jogue fora suas "batatas" e sorria!

A fábula da estrela verde

Havia milhares de estrelas no céu. Estrelas de todas as cores: brancas, prateadas, verdes, douradas, vermelhas e azuis.

Um dia, elas procuraram Deus e lhe disseram:
- Senhor, gostaríamos de viver na Terra entre os homens.
- Assim será feito, respondeu o Senhor. Conservarei todas vocês pequeninas como são vistas e podem descer para a Terra.

Conta-se que, naquela noite, houve uma linda chuva de estrelas.
Algumas se aninharam nas torres das igrejas, outras foram brincar de correr com os vaga-lumes nos campos; outras misturaram-se aos brinquedos das crianças e a Terra ficou maravilhosamente iluminada.

Porém, passando o tempo, as estrelas resolveram abandonar os homens e voltar para o céu, deixando a Terra escura e triste.
- Porque voltaram? Perguntou Deus, a medida que elas chegavam ao céu.
- Senhor, não nos foi possível permanecer na Terra. Lá existe muita miséria e violência, muita maldade, muita injustiça...

E o Senhor lhes disse :
- Claro! O lugar de vocês é aqui no céu. A Terra é o lugar do transitório, daquilo que passa, daquele que cai, daquele que erra, daquele que morre, nada é perfeito.
O céu é lugar da perfeição, do imutável, do eterno, onde nada perece. Depois que chegaram todas as estrelas e conferindo o seu número, Deus falou de novo :
- Mas está faltando uma estrela. Perdeu-se no caminho ?

Um anjo que estava perto retrucou :
- Não Senhor, uma estrela resolveu ficar entre os homens.

Ela descobriu que seu lugar é exatamente onde existe a imperfeição, onde há limite, onde as coisas não vão bem, onde há luta e dor.
- Mas que estrela é essa ? - voltou Deus a perguntar.
- É a Esperança, Senhor. A estrela verde. A única estrela dessa cor.

E quando olharam para a Terra, a estrela não estava só. A Terra estava novamente iluminada porque havia uma estrela verde no coração de cada pessoa.

Deus já conhece o futuro, e a Esperança é própria da pessoa humana, própria daquele que erra, daquele que não é perfeito, daquele que não sabe como será o futuro.

Receba neste momento esta "estrelinha" em seu coração, sua estrela verde. Não deixe que ela fuja e nem se apague. Tenha certeza que ela iluminará o seu caminho...

(Herédia)

Aos que andam só...

Triste mesmo é ver que uma pessoa não conta com ninguém a não ser ela própria, ela tem muitos conhecidos, é até famosa entre os “amigos”, mas na hora da dor, na hora do sofrimento interior, não tem com quem contar.

Muito se tem falado sobre espiritualidade, sobre crenças e orações, nunca se viu tantos templos para o culto ao divino, Nunca foram tão grandes e luxuosos, e jamais se vendeu tantos livros que falam sobre religiões, mas, o homem continua só, solitária e desgraçadamente só.

Os hospitais estão cheios de pessoas com doenças desconhecidas, aparelhos sofisticados não identificam os germes espirituais, sondas não enxergam “sombras”, dinheiro não cura depressão, consumismo não alivia o peso da alma vazia...

Nunca precisamos tanto de Deus como agora, mas os homens continuam buscando o Messias com a espada, justiceiro que venha fazer tudo por eles, que pague suas contas, que cure suas doenças provocadas pela incoerência, que apaguem seus vícios, que resolva tudo, sem esforço.

Jesus continua sendo simples, e seu recado tão direto, tão fácil de compreender que continua sendo incompreendido e ignorado, porque demanda esforço pessoal, renúncia aos prazeres mais carnais, força de vontade para superar os próprios erros e vícios. Determinação e resignação diante de certas dores, e, sobretudo, ter fé na providência divina, Que tudo tem seu tempo debaixo do céu quase sempre azul.

Enquanto podes, perdoa o seu irmão que está junto contigo, livra-se do que já sabes que não agrada a Deus, nem a você mesmo, liberte-se dos sentimentos mesquinhos do querer cada vez mais, e sobretudo, esforce-se para prender a amar com qualidade, Sem distinção, prestando atenção no próximo, que muitas vezes, é o que se reflete no seu espelho do banheiro peça manhã.

E, para terminar esse recado amoroso ao seu coração, Tenha humildade para orar todos os dias, Conversar com o seu Criador, pedindo-lhe paciência, Esperança e certezas que lhe fazem tanta falta, E por fim, descubra o quanto você é importante, Que não está sozinho, e que pode contar com a luz, E essa luz, é claro, é Jesus.

O que fizemos de nos?

Lembra quando todos eram mais felizes, sorriam por qualquer motivo e as coisas mais importantes eram ver o riso de uma criança, o pôr-do-sol, um grande amor e a paz de um domingo? Que será que fizemos para apagar o riso, porque será que as cores ficaram mais pálidas? O que fizemos contra nós mesmos para esquecermos de caminhar na chuva e espiar ninhos de passarinhos? Morreu a fantasia, morreu a criança que vivia dentro de nós?

Deixamos tudo isso acontecer e nem nos apercebemos. Gastamos nosso tempo na televisão, no telefone, na Internet e deixamos para trás a nossa alma, as horas de papo com os amigos, o passeio de mãos dadas e o cafezinho no boteco...

Queria te convidar a sonhar. Não, não é para mais um sonho do que se vai comprar, adquirir e se entupir. Sonhar infantilmente, por nos olhos a candura pueril, os lábios quase falando a ânsia da alegria, navegar na fantasia!

Vá correr sem medo e, em todo o desapego, igual correr na estrada com poeira sem pensar na sujeira, brincar com o sentimento, ser novamente num momento apenas garoto, maroto, arteiro e eterno. Pois não há inverno para quem corre no sol, não há inferno para quem tem nos olhos o brilho de um farol. Nunca haverá paz em qualquer rincão do universo se dentro de nós, frutos da criação, ela não habitar antes.

Bom dia!!!

Só mais um passo


Narra Antoine de Saint-Exupéry, autor do livro internacionalmente conhecido, O Pequeno Príncipe, que um seu amigo pilotava, certa vez, sobre uma cordilheira, quando seu pequeno monomotor sofreu uma pane, caindo sobre a montanha de neves eternas.

Ele não chegou a se ferir gravemente, mas suas pernas apresentaram profundos cortes e sérios ferimentos.

Com muito esforço, sentindo dores atrozes, ele abandonou a cabine do avião destroçado.

Verificando a extensão dos ferimentos, compreendeu que não teria como sair dali sozinho.

Ao seu redor, até onde a vista alcançava, era somente a solidão gelada.

Conhecedor da região, em rápida análise, entendeu que seu fim estava próximo, principalmente em razão dos ferimentos nas pernas. Por um instante sentiu-se tomado de pânico e pela dor de saber que chegara ao fim de seus dias.

Pensou na família que não tornaria a ver, nos amigos, nas tantas coisas que ainda pretendia realizar e na impotência de não ter a quem pedir socorro.

Depois, já mais calmo, começou a pensar sobre as medidas a tomar. Não havia nada a fazer para garantir a sobrevivência.

O mais sensato era deitar-se na neve e esperar que o torpor causado pelo frio tomasse conta de seu corpo, permitindo-lhe ser envolvido, sem dor, pelo manto da morte.

Deitado sobre a neve, ele dirigiu o pensamento a seus filhos. Filhos que ele não veria crescer. Pensou na esposa, de quem tanto gostava.

Aquele homem de espírito forte, batalhador, lutava consigo mesmo para se resignar à situação.

Começou a pensar em voz alta:
- Vou morrer, mas ao menos tenho o consolo de saber que eles não ficarão desamparados. Meu seguro de vida tem cobertura suficiente para lhes proporcionar subsistência por muito tempo. Menos mal. Felizmente tive o bom senso de estar preparado para uma situação destas. Tão logo seja liberado meu atestado de óbito, a companhia de seguros...

Neste instante, ele teve um sobressalto. Sua apólice de seguro dizia que o seguro somente seria pago mediante a apresentação do atestado de óbito. Ora, naquele lugar inacessível, seu corpo jamais seria encontrado. Ele seria dado como desaparecido.

Não haveria, pois, atestado de óbito. Sua família não receberia o valor da apólice. Iria passar anos de privações, antes que ele fosse considerado oficialmente morto. Apavorou-se com a idéia.
- A primeira tempestade de neve que cair, - pensou ele - soterrará o meu corpo. Nunca irão me achar. Preciso caminhar até um lugar onde meu corpo possa ser encontrado.

Ele sabia que ao pé da cordilheira havia um povoado. Precisava chegar até lá, para que o seu corpo fosse encontrado.

Reuniu todas as forças que ainda lhe restavam. Ficou em pé. Foi preciso um esforço enorme para não cair. A dor era quase insuportável.

Consciente da distância que teria de percorrer, estabeleceu a meta de dar um passo. Jogou uma perna para frente e disse:
- Só um passo.

E foi.

Jogou a outra perna e pensou:
- Só um passo.

E assim, caminhou o dia todo:
- Só um passo.

Vencido pela dor e pelo cansaço, ele vislumbrou uns vultos. Deviam ser caçadores. Deixou-se escorregar para o chão e concluiu:
- Agora eu já posso morrer.

Dias depois, no hospital, abriu os olhos e a primeira imagem que viu foi a da esposa, ao seu lado.

Ele teve alguns dedos de um dos pés amputados, pois haviam sido congelados pela neve. Mas continuou vivo por muito tempo.

O exemplo desse piloto deixa bem clara a importância da estipulação de metas bem definidas.

À curto prazo só um passo.
À médio prazo - chegar ao pé da montanha.
À longo prazo ter seu corpo localizado.

Por isso, estabeleça suas metas e dê, logo, o primeiro passo.

Se uma emergência obrigá-lo a fazer mudanças nos planos, os ajustes poderão ser feitos com pequenos passos complementares.

Mas, para isso, é necessário saber para onde você quer ir. A primeira condição para se realizar alguma coisa, é não querer fazer tudo ao mesmo tempo.

Uma boa lição

Um estudante universitário saiu um dia a dar um passeio com um professor, a quem os alunos consideravam seu amigo devido à sua bondade para os que seguiam as suas instruções. Enquanto caminhavam, viram no seu caminho um par de sapatos velhos e calcularam que pertenciam a um homem que trabalhava no campo ao lado e que estava prestes a terminar o seu dia de trabalho.

O aluno disse ao professor: Vamos fazer-lhe uma brincadeira; vamos esconder-lhe os sapatos e escondemo-nos atrás dos arbustos para ver a sua cara quando não os encontrar. Meu querido amigo, disse o professor – nunca devemos divertir-nos à custa dos pobres.

Tu és rico e podes dar uma alegria a este homem. Coloca uma moeda em cada sapato e depois escondemo-nos para ver a sua reação quando os encontrar. Fez isso e ambos se esconderam no meio dos arbustos. O pobre homem terminou a suas tarefas diárias e caminhou até aos sapatos, para voltar para casa. Ao chegar junto dos sapatos deslizou o pé no sapato, mas sentiu algo dentro deste.

Baixou-se para ver o que era e encontrou a moeda. Pasmado perguntou-se o que havia acontecido. Olhou a moeda e voltou-a e voltou a olhá-la. Olhou à sua volta, para todos os lados, mas não via nada nem ninguém. Guardou-a no seu bolso e foi calçar o outro sapato; sua surpresa foi ainda maior quando encontro a outra moeda.

Seus sentimentos esmagaram-no; pôs-se de joelhos, levantou o olhos ao céu, e em voz alta fez um enorme agradecimento, falando de sua esposa doente e sem
ajuda, e de seus filhos que não tinham pão e devido a uma mão desconhecida não morreriam de fome.

O estudante ficou profundamente emocionado e seus olhos ficaram cheios de lágrimas. Agora -disse o professor-não está mais satisfeito com esta brincadeira?
O jovem respondeu: Você ensinou-me uma lição que jamais hei-de esquecer. Agora entendo algo que antes não entendia: é melhor dar que receber.

Comece por você

Para quem tem olhos de ver, em toda parte ensinamentos se fazem presentes.No túmulo de um bispo anglicano, que está na cripta da Abadia de Westminster, na praça do Parlamento, em Londres, pode-se ler o seguinte: Quando eu era jovem, livre, e minha imaginação não tinha limites, eu sonhava em mudar o mundo.

À medida que me tornei mais velho e mais sábio, descobri que o mundo não ia mudar. Reduzi, então, meu campo de visão e resolvi mudar apenas meu país. Mas acabei achando que isso, também, eu era incapaz de mudar. Envelhecendo, numa última e desesperada tentativa, decidi mudar apenas minha família, os mais próximos, mas, ai de mim, eles não estavam mais ali.

Agora, no meu leito de morte, de repente percebo: se eu tivesse primeiro me empenhado apenas em mudar a mim mesmo, pelo meu exemplo eu teria mudado minha família. Com a inspiração da família e encorajado por ela, teria sido capaz de melhorar meu país e, quem sabe, poderia até ter mudado o mundo.

Quase sempre, pensamos e agimos exatamente assim. É comum lermos um trecho do Evangelho e logo pensarmos como aquelas frases seriam muito importantes para alguém da nossa família. Quando ouvimos uma palestra edificante, que concita ao bem, logo nos vem à mente o pensamento de que seria muito bom se determinada pessoa estivesse ali para ouvir.

Isso faria muito bem para ela! É o que dizemos para nós mesmos. Como esta informação a poderia modificar, mudar sua forma de agir. Quando estamos vinculados a uma determinada religião, o pensamento não é diferente. Ficamos a desejar que nossos parentes, nossos amigos, colegas professem a mesma crença, comunguem dos mesmos ideais. Por vezes, chegamos a nos tornar um pouco inconvenientes, ou talvez até em demasia, mandando recados, frases escolhidas para os amigos.

Tudo nesse intuito de que eles as leiam, as absorvam e coloquem em prática. São frases que se referem aos bons costumes, à ética, à moral e quem as recebe, com certeza, pensará também: Seria muito bom que o remetente colocasse em prática essas fórmulas. Ele precisa disso. Por isso é que o Mundo ainda não é esse local especial que tanto ansiamos: um oásis de compreensão, com aragem de paz e fontes cantantes de fraternidade.

Porque cada um de nós deseja, pensa, anseia por mudar o outro. Por fazer que o outro se revista de compreensão, de polidez. Contudo, o Modelo e Guia da Humanidade estabeleceu que cada um deve dar conta da sua própria administração.

Administração da sua vida, dos seus deveres, da sua missão. O mundo é a somatória de todos nós, das ações de todos os homens. Cabe-nos pois a inadiável decisão de nos propormos à própria melhoria. E hoje, hoje é o melhor dia para isso. Nem amanhã, nem depois. Hoje. Comecemos a pensar em que poderemos nos melhorar. Quem sabe, um gesto de gentileza? Que tal um Bom dia? Um Obrigado, um sorriso?

Pensemos nisso.

A Dor do Abandono

Era uma manhã de sol quente e céu azul quando o humilde caixão contendo um corpo sem vida foi baixado à sepultura. De quem se trata? Quase ninguém sabe. Muita gente acompanhando o féretro? Não. Apenas umas poucas pessoas. Ninguém chora. Ninguém sentirá a falta dela. Ninguém para dizer adeus ou até breve.

Logo depois que o corpo desocupou o quarto singelo do asilo, onde aquela mulher havia passado boa parte da sua vida, a moça responsável pela limpeza encontrou em uma gaveta ao lado da cama, algumas anotações.

Eram anotações sobre a dor... Sobre a dor que alguém sentiu por ter sido abandonada pela família num lar para idosos... Talvez o sofrimento fosse muito maior, mas as palavras só permitem extravasar uma parte desse sentimento, grafado em algumas frases: Onde andarão meus filhos?

Aquelas crianças ridentes que embalei em meu colo, alimentei com meu leite, cuidei com tanto desvelo, onde estarão? Estarão tão ocupadas, talvez, que não possam me visitar, ao menos para dizer olá, mamãe? Ah! Se eles soubessem como é triste sentir a dor do abandono... A mais deprimente solidão...

Se ao menos eu pudesse andar... Mas dependo das mãos generosas dessas moças que me levam todos os dias para tomar sol no jardim... Jardim que já conheço como a palma da minha mão.

Os anos passam e meus filhos não entram por aquela porta, de braços abertos, para me envolver com carinho... Os dias passam... e com eles a esperança se vai... No começo, a esperança me alimentava, ou eu a alimentava, não sei...

Mas, agora... como esquecer que fui esquecida? Como engolir esse nó que teima em ficar em minha garganta, dia após dia?
Todas as lágrimas que chorei não foram suficientes para desfaze-lo. Sinto que o crepúsculo desta existência se aproxima...
Queria saber dos meus filhos... dos meus netos... Será que ao menos se lembram de mim?

A esperança, agora, parece estar atrelada aos minutos... que a arrastam sem misericórdia... para longe de mim. Às vezes, em meus sonhos, vejo um lindo jardim... É um jardim diferente, que transcende os muros deste albergue e se abre em caminhos floridos que levam a outra realidade, onde braços afetuosos me esperam com amor e alegria...

Mas, quando eu acordo, é a minha realidade que eu vejo... que eu vivo... que eu sinto... Um dia alguém me disse que a vida não se acaba num túmulo escuro e silencioso. E esse alguém voltou para provar isso, mesmo depois de ter sido crucificado e sepultado... E essa é a única esperança que me resta... Sinto que a minha hora está chegando...

Depois que eu partir, gostaria que alguém encontrasse essas minhas anotações e as divulgasse. E que elas pudessem tocar os corações dos filhos que internam seus pais em asilos, e jamais os visitam... Que eles possam saber um pouco sobre a dor de alguém que sente o que é ser abandonado...
A data assinalada ao final da última anotação, foi a data em que aquela mãe, esquecida e só, partiu para outra realidade.
Talvez tenha seguido para aquele jardim dos seus sonhos, onde jovens afetuosos e gentis a conduzem pelos caminhos floridos, como filhos dedicados, diferentes daqueles que um dia ela embalou nos braços, enquanto estava na terra.

As chuvas dos olhos

“Chove. Na fonte das águas, chove.
Na fronte das lágrimas do pretérito calado.
Lavando a chuva dos olhos cansados.
Chovendo nos mares, nos mares amados.”

Há quanto tempo você não chora?

Há quanto tempo seus olhos não são inundados por lágrimas, por estas pequenas gotas que parecem nascer em nosso coração? Há quanto tempo?

Assim como o fenômeno natural da precipitação atmosférica, a chuva, realiza o trabalho de purificar a terra, a água e o ar, também nossas lágrimas têm tal função.

A de limpar nosso íntimo, a de externar nossas emoções, sejam elas de alegria ou de pesar. Precisamos aprender a expressar nossos sentimentos.

Nossa cultura possui conceitos arraigados, como o de que “homem não chora”, ou que “é feio chorar”, que surgem em nossas vidas desde quando crianças, na educação familiar, e acabam por internalizarem se em nossa alma, continuando a apresentar manifestações na vida adulta.

Sejamos homens ou mulheres na Terra, saibamos que todos rumamos para a busca da sensibilidade, do auto descobrimento, e da expressão de nossos sentimentos. Tudo que deixarmos guardado virá à tona, cedo ou tarde.

Se forem bons os sentimentos contidos, estaremos perdendo uma oportunidade valiosa de trazê-los ao mundo, melhorando nossas relações com o próximo e conosco mesmo.

Se forem sentimentos desequilibrados, estaremos perdendo a chance de encará-los, de analisá-los, e de tomar providências para que possam ser erradicados de nosso interior.

As barreiras que nos impedem de nos emocionar, de chorar, são muitas vezes as mesmas que nos fazem pessoas fechadas e retraídas.

Barreiras que carecemos romper, para que nossos dias possam ser mais leves, mais limpos, como a atmosfera que recebe a água da chuva, e nela encontra sua purificação. As chuvas dos olhos fazem um bem muito grande.

Desabafar, colocar para fora o que angustia nosso íntimo, ou o que lhe dá alegria, é um exercício precioso. Um hábito salutar.

Dizer a alguém o quanto o amamos, quando este sentimento surgir em nosso coração – mesmo sem um motivo especial -, será sempre uma forma de fortalecimento de laços.

De construção de uma união mais feliz, e principalmente, um recurso para elevarmos nossa auto-estima, nosso auto-amor.

Aspectos do Sofrimento

Era um dia quente de verão naquela cidade do interior do sul do Brasil. Mas apesar do calor a vida deveria seguir seu curso, normalmente. O jovem trabalhador acordou cedo, como de costume, e enfrentou a alta temperatura com bom ânimo e coragem.

Trabalhou o dia todo, atendeu pessoas, suou muito, e, ao final da tarde estava exausto. Gostaria de ir para casa, tomar um banho, descansar, mas ainda teria que enfrentar uma sala de aula, sem ar condicionado. "Sou um infeliz!", pensou consigo mesmo. Mas o que fazer? Era preciso ir para a Universidade, pois era cumpridor de seus deveres e a responsabilidade o chamava.

Jogou rapidamente um pouco de água fresca no rosto, pegou a tradicional pasta com os materiais de estudo, e lá se foi... Caminhava pelas ruas e sentia mais e mais o desconforto do calor, a roupa úmida de suor, e se sentia ainda mais infeliz. "Oh vida dura! Não ter tempo nem para tomar um banho para aliviar a canseira, é demais"... Pensava.

"Ainda se eu tivesse um carro para não ter que enfrentar esse calor infernal do asfalto!"... Subia uma ladeira, cabisbaixo, mergulhado nos próprios pensamentos, quando escutou, ao longe, uma melodia que alguém assoviava, com musicalidade e alegria.

Olhou para trás, mas não avistou ninguém. Intrigado com o assovio que se tornava mais próximo a cada passo, percebeu que a sua frente algo se movia lentamente. Apressou o passo e foi se aproximando de um homem que se arrastava, lentamente, ladeira acima, com o auxílio das mãos.

O homem não tinha pernas, e uma lona de borracha envolta no que restara de suas coxas eram seus sapatos... Como seus passos eram demasiado lentos, ele podia assoviar, admirar a paisagem, agradecer a Deus pela vida... O jovem, diante daquela cena, sentiu-se profundamente constrangido.

Como pudera ter se deixado levar por tamanha ingratidão e infelicidade, por tão pouco?!... Olhando a situação daquele homem que se movia com tanta dificuldade e expressava sua alegria assoviando, ele ergueu a cabeça e seguiu com outra disposição de ânimo.

Agora ele já não se achava a mais infeliz das criaturas, só porque o
suor e o cansaço o incomodavam no momento...

O sofrimento tem a dimensão que nós lhe damos. Por vezes, mergulhamos de tal forma nos próprios problemas que não percebemos que eles são pequenos demais para nos tirar a disposição e a alegria de viver.

Há momentos em que as nossas lágrimas nos impedem de perceber o remédio, que está ao alcance de nossas mãos. Às vezes é preciso que se apresente uma situação mais grave que a nossa, ou um problema maior, para que possamos avaliar as reais dimensões de nossos sofrimentos.

Aja enquanto é tempo

Os homens são os artífices de seu destino. Essa verdade é constatada mediante singela observação do mundo que o cerca. O aluno estudioso tira boas notas, passa por média e não se angustia com exames e repetências.

Já o estudante preguiçoso está sempre envolto com notas baixas e reprovações. O profissional competente costuma ter mais clientes do que consegue atender. Vagas que exigem maiores qualificações permanecem abertas por longos períodos, embora haja muitos desempregados.

Sem dúvida, ninguém está livre de percalços. Uma pessoa inteligente e preparada pode ser surpreendida com desemprego ou momentos profissionais difíceis. Mas as crises são mais freqüentes para aquele que não tem formação sólida e fama de profissional competente.

Assim, quem opta por assistir novelas em vez de estudar não pode reclamar se o sucesso não bater em sua porta. Mesmo no âmbito das relações pessoais, cada um vive as conseqüências de seus atos.

Alguém prudente no falar jamais se envolve nos transtornos que a maledicência provoca. Contudo, o tagarela sempre corre o risco de amealhar inimizades. A pessoa generosa suscita simpatias por onde passa.

Quando necessita de ajuda, muitas mãos se movimentam em seu favor. Mas a criatura mesquinha e implacável está sujeita a ficar desamparada, pela antipatia que seu agir provoca. Não é difícil verificar a Lei de causa e efeito atuando.

Comportamento digno e sensato traz tranqüilidade e boa reputação. Desonestidade, preguiça e leviandade causam infinitos transtornos. Certamente há eventos que superam qualquer expectativa e semeiam dores na vida de pessoas honradas e previdentes. Mas aí em geral se tem o efeito de causas remotas.

As grandes dores que nada pode evitar e não são causadas pelo agir atual refletem o acertamento de antigos equívocos. A Justiça Divina reina soberana no Universo. Ela propicia liberdade para os Espíritos viverem conforme seus gostos e opções. Mas cada qual é estritamente responsável pelo que faz.
Muitas vezes, a conseqüência do agir equivocado não se produz rapidamente e nem na mesma existência. A Lei Divina não se engana e nunca perde o endereço de quem a ofendeu. Mas ela não se mostra apenas como justiça, mas também como misericórdia.
Por isso dá tempo para o calceta adquirir forças para os resgates necessários. E principalmente aguarda que ele se resolva a quitar os equívocos do passado com a moeda boa do amor.
Como afirmou o apóstolo Pedro, o amor cobre a multidão de pecados. Não é preciso sofrer para recompor o passado de erros. Mas é imperioso resgatar todo o mal feito. Ciente dessa realidade e de seu viver milenar, dedique-se a fazer o bem.
Viva de forma honrada. Trabalhe, estude, amealhe recursos intelectuais e morais. Seja um bom exemplo para todos que convivem com você. Mas vá um pouco além disso. Dedique-se a uma causa, ampare os necessitados, eduque os ignorantes.
Em seu passado espiritual há certamente muitos erros. Antes que o resultado deles o atinja, gere causas de felicidade ao agir de modo altruísta. Aja enquanto é tempo.A rigor, o bem é sempre possível, agora ou mais tarde.

Mas é uma tolice aguardar a dor cobrar a conta que o amor pode pagar.

Pense nisso.

Os inconformados

Passamos o tempo todo culpando que agradecendo. Esperando que fazendo. Invejando que apoiando. Passamos a vida sem vivê-la querendo sempre mais...

Olhamos aqueles que nada possuem nos apiedamos culpamos que nada é feito. Quando fazemos, queremos os louros não o trabalho. Queremos o destaque não o sacrifício.

Culpamos a falta de conforto, tendo. Culpamos a falta de oportunidade, sem buscar. Culpamos a todos na nossa insatisfação. Percebemos ás vezes nossos enganos quando acometidos de um mal sem cura.

Lembramos de “DEUS”. Pedimos socorro à “DEUS”. Imploramos tempo para aproveitar a vida que não vivemos.

(Maria Clara Segobia )

Se fosse pra ficar na sombra, eu teria ficado em casa!

Há alguns meses, estive na praia de Ipanema, na linda Rio de Janeiro. Verão intenso, muita gente se divertindo e, sentados na areia, um pouco adiante de mim, três pessoas conversavam animadamente.

Uma delas era um rapaz que, por conta de um detalhe, destoava da grande maioria ao redor: embora fosse por volta do meio dia e o calor estivesse escaldante, ele não estava se protegendo do sol.

A certa altura, aproximou-se o moço que alugava esse tipo de acessório e ofereceu:
- Você quer que eu lhe traga um guarda-sol?!?

E ele, muito à vontade na situação em que estava, respondeu quase que indignadamente:
- Meu caro, se fosse pra ficar na sombra, eu teria ficado em casa!

Num primeiro momento, tanto o tom da voz dele quanto a convicção de sua decisão em permanecer sob o sol soaram quase como uma piada para mim. Mas agora, depois de passado todo esse tempo, comecei a me dar conta de quantos diferentes significados aquela frase foi ganhando.

Quantas vezes preferimos uma falsa segurança - ainda que escura e nebulosa - ao risco, à possibilidade de tentar. E - pior! - quantas vezes saímos de casa e, ao sentirmos o calor do sol, ou seja, a chance de viver plena e intensamente uma oportunidade que a vida nos apresenta, corremos em busca de uma sombra, assustados, inseguros.

Preferimos nos omitir a expressar o que pensamos, o que sentimos, o que queremos. E assim, de sombra em sombra, tentando nos esquivar da condição real, vamos perdendo chances incríveis de realizar um sonho, de ocupar um cargo há tempos desejado, de experimentar um amor, de desbravar o desconhecido e, enfim, de nos transformar numa pessoa melhor...

Talvez esteja aí a resposta para tantas atrocidades sendo cometidas, para tamanho mal-estar que tem rondado o planeta de um modo geral: muita sombra imposta sobre lugares, pessoas e situações onde poderia estar brilhando o sol. Muita escuridão onde poderia estar inundado de luz. Muita inconsciência onde bastaria um pouco mais de coragem, um pouco mais de disponibilidade ou simplesmente o exercício de nossa verdadeira humanidade.

Portanto, a conclusão a que chego quando me lembro daquela intrigante frase do rapaz da praia de Ipanema - "Se fosse pra ficar na sombra, eu teria ficado em casa!" - é a seguinte: que fechemos nossos guarda-sóis, que paremos de inventar tanta sombra para nos proteger ou nos esconder do que está aí para ser vivido... e que sejamos, deste modo, bem mais audaciosos quando o convite for para a vida, para o bem e para o amor!

sabedoria na doação

Não é raro que, na ânsia de fazer o bem, nos disponhamos a dar coisas, distribuir alimentos. Não é raro também se ouvir frases de decepção, do tipo: As pessoas nunca estão satisfeitas.

Se ofereço sopa, elas perguntam se não há algo mais. Se distribuo roupas, reclamam da cor e do modelo. Ou ainda: Acredita que o andarilho falou que não queria o cobertor?

Essas situações nos remetem a uma outra, vivida no século passado, durante a revolução cultural da China. Fang era uma pessoa compreensiva e receptiva a novas idéias.

Uma das grandes realizações dos Guardas Vermelhos fora a criação de escolas noturnas, cujo objetivo era transmitir aos camponeses as idéias comunistas de Mao.

Todos recebiam cópias do Livro Vermelho. Fang era analfabeta. Por isso, dois jovens e entusiasmados Guardas Vermelhos decidiram ensiná-la a ler. Ela nunca chegou a reconhecer palavras isoladas. Mas, conseguiu memorizar parágrafos inteiros dos ensinamentos de Mao.

Enquanto lavava a roupa, limpava a casa, costurava ou cozinhava, seus lábios se moviam. Ela recitava, em silêncio, passagens do Livro Vermelho. Por isso, foi considerada uma aluna-modelo.

Pouco tempo passado, duas jovens da Brigada Vermelha foram visitá-la. Desejavam verificar seus progressos na leitura. Fang disse que estava ocupada, que elas voltassem depois.

Naquela manhã, o carvão usado se recusava a acender e o pequeno cômodo estava tomado pela fumaça. As moças se foram, mas, voltaram logo depois, insistindo que era preciso verificar se a senhora entendera os ensinamentos do Livro Vermelho de Mao.

Tinham de entregar, naquela noite, um relatório ao líder do grupo. Fang ficou impaciente. Ela pediu que uma das moças assumisse seu lugar na cozinha, que a outra tentasse acender o fogo. Elas se entreolharam confusas. Então, a camponesa desabafou:

Eu poderia passar todos os dias, por todo o resto da minha vida, decorando os ensinamentos de Mao. Mas quero saber: Quem vai arrumar, limpar e cozinhar? Quem vai dar banho nos meus sete filhos, costurar as roupas deles, preparar três refeições por dia, todo santo dia?

Quem vai fazer mágica para conseguir cozinhar? Vocês pensam que as palavras do Presidente Mao enchem barriga? Se vocês vierem aqui todos os dias para me ajudar nas minhas tarefas, eu aprendo o que quer que queiram me ensinar. E muito mais.

As moças foram embora, sem dizer nada. E nunca mais voltaram àquela casa.

Desejando fazer o bem, analise o que especialmente as pessoas que você pensa auxiliar, necessitam. Algumas carecem de pão, outras necessitarão agasalho. Alguém pedirá que você lhe decifre o alfabeto. Outro mais desejará dinheiro para se locomover a determinado local. Aquele sonha em freqüentar bancos escolares.

Pense nisso: o importante não é dar. É dar com sabedoria a cada um aquilo de que carece e anseia.

Desta forma, o seu benefício alcançará superiores objetivos, suprindo a real necessidade.

QUANDO DEUS QUER, NÃO TEM JEITO!*

Uma senhora muito pobre telefonou para um programa cristão de rádio

pedindo ajuda.

Um bruxo do mal que ouvia o programa resolveu pregar-lhe uma peça.

Conseguiu seu endereço, chamou seus secretários e ordenou que fizessem

uma compra e levassem para a mulher, com a seguinte orientação:

- Quando ela perguntar quem mandou, respondam que foi o DIABO!

Ao chegarem na casa, a mulher os recebeu com alegria e foi logo

guardando alimentos.

Os secretários do bruxo, conforme a orientação recebida, lhe perguntaram:

- A senhora não quer saber quem lhe enviou estas coisas?

A mulher, na simplicidade da fé, respondeu:

- Não, meu filho. Não é preciso. Quando Deus manda, até o diabo

obedece!

'NÃO SE PREOCUPE DE QUE MANEIRA VIRÁ SUA VITÓRIA, MAS QUANDO DEUS DETERMINA, ELA VEM.......AH VEM!!!

*Tenha paciência.. não é no seu tempo e sim no tempo Dele....... porque

você vê até um limite....

Ele ultrapassa esse limite....... e vê muito além do que enxergamos.!!*

DEUS te abençoe, e tenha um bom dia

Deus tem visto suas Lutas.

Deus diz que elas estão chegando ao fim.

Uma benção está vindo em sua direção.

Urso Faminto

Certa vez, um urso faminto perambulava pela floresta em busca de alimento. A época era de escassez, porém, seu faro aguçado sentiu o cheiro de comida e o conduziu a um acampamento de caçadores.

Ao chegar lá, o urso, percebendo que o acampamento estava vazio, foi até a fogueira, ardendo em brasas, e dela tirou um panelão de comida.

Quando a tina já estava fora da fogueira, o urso a abraçou com toda sua força e enfiou a cabeça dentro dela, devorando tudo.

Enquanto abraçava a panela, começou a perceber algo lhe atingindo. Na verdade, era o calor da tina... Ele estava sendo queimado nas patas, no peito e por onde mais a panela encostava.

O urso nunca havia experimentado aquela sensação e, então, interpretou as queimaduras pelo seu corpo como uma coisa que queria lhe tirar a comida. Começou a urrar muito alto.

E, quanto mais alto rugia, mais apertava a panela quente contra seu imenso corpo Quanto mais a tina quente lhe queimava, mais ele apertava contra o seu corpo e mais alto ainda rugia.

Quando os caçadores chegaram ao acampamento, encontraram o urso recostado a uma árvore próxima à fogueira, segurando a tina de comida.

O urso tinha tantas queimaduras que o fizeram grudar na panela e, seu imenso corpo, mesmo morto, ainda mantinha a expressão de estar rugindo. Quando terminei de ouvir esta história de um mestre, percebi que, em nossa vida, por muitas vezes, abraçamos certas coisas que julgamos ser importantes.

Algumas delas nos fazem gemer de dor, nos queimam por fora e por dentro, e mesmo assim, ainda as julgamos importantes.

Temos medo de abandoná-las e esse medo nos coloca numa situação de sofrimento, de desespero.

Apertamos essas coisas contra nossos corações e terminamos derrotados por algo que tanto protegemos, acreditamos e defendemos.

Tenha a coragem e a visão que o urso não teve. Tire de seu caminho tudo aquilo que faz seu coração arder.

solte a panela!

(Leila Marcom)

O Amuleto

Um granjeiro pediu certa vez a um sábio, que o ajudasse a melhorar sua granja, que tinha baixo rendimento. O sábio escreveu algo em um pedaço de papel e colocou em uma caixa, que fechou e entregou ao granjeiro, dizendo:
"Leva esta caixa por todos os lados da sua granja, três vezes ao dia, durante um ano."

Assim fez o granjeiro. Pela manhã, ao ir ao campo segurando a caixa, encontrou um empregado dormindo, quando deveria estar trabalhando. Acordou-o e chamou sua atenção. Ao meio dia, quando foi ao estábulo, encontrou o gado sujo e os cavalos sem alimentar.

E à noite, indo à cozinha com a caixa, deu-se conta de que o cozinheiro estava desperdiçando os gêneros. A partir daí, todos os dias ao percorrer sua granja, de um lado para o outro, com seu amuleto, encontrava coisas que deveriam ser corrigidas. Ao final do ano, voltou a encontrar o sábio e lhe disse : "Deixa esta caixa comigo por mais um ano; minha granja melhorou o rendimento desde que estou com o amuleto."

O sábio riu e, abrindo a caixa, disse: - "Podes ter este amuleto pelo resto da sua vida."

No papel havia escrito a seguinte frase:
"Se queres que as coisas melhorem deves acompanhá-las constantemente".

Um copo de leite

Um dia, um rapaz pobre, que vendia mercadorias de porta em porta para pagar seus estudos, viu que só lhe restava uma simples moeda de dez centavos, e ele
tinha fome. Decidiu que pediria comida na próxima casa.

Porém, seus nervos o traíram quando uma jovem e encantadora mulher abriu-lhe a porta. Em vez de comida, pediu um copo de água. Ela pensou que o jovem parecia faminto e, assim, deu-lhe um grande copo de leite.

Ele bebeu devagar e depois lhe perguntou:

- Quanto lhe devo? - Não me deves nada - respondeu ela - Minha mãe sempre nos ensinou a nunca aceitar pagamento por uma oferta caridosa. - Pois te agradeço de todo coração.

Quando o rapaz saiu daquela casa, não só se sentiu mais forte fisicamente, mas também sua fé em Deus e nos homens ficou mais forte. Antes, ele já estava resignado a se render e deixar tudo. Mas anos depois, o jovem completaria seus estudos e se tornaria um médico de prestígio.

Passaram-se mais anos, e a jovem e caridosa mulher ficou gravemente doente. Os médicos locais estavam confusos. Finalmente, enviaram-na à cidade grande, onde chamaram um especialista para estudar sua rara enfermidade.

Chamaram o mesmo rapaz a quem ela havia acudido, agora um homem formado e de grande sucesso em sua especialidade. Quando escutou o nome do povoado de onde ela viera, uma estranha luz encheu seus olhos. Imediatamente, vestido com a sua bata de doutor, foi ver a paciente. Reconheceu imediatamente aquela mulher. Determinou-se a fazer o melhor para salvar aquela vida. Passou a dedicar atenção especial àquela paciente.

Depois de uma demorada luta pela vida da enferma, ganhou a batalha. Pediu à administração do hospital que lhe enviasse a fatura total dos gastos para aprová-la. Ele a conferiu e depois escreveu algo e mandou entregá-la no quarto da paciente. Ela tinha medo de abri-la, porque sabia que levaria o resto da sua vida para pagar todos os gastos. Mas finalmente abriu a fatura e algo lhe
chamou a atenção, pois estava escrito o seguinte:

"Totalmente pago há muitos anos com um copo de leite."
Na vida nada acontece por acaso.

Bom dia!!

Borboleta e o Cavalinho

Esta é a história de duas criaturas de Deus que viviam numa floresta distante há muitos anos atrás. Eram elas, um cavalinho e uma borboleta. Na verdade, não tinham praticamente nada em comum, mas em certo momento de suas vidas se aproximaram e criaram um elo.

A borboleta era livre, voava por todos os cantos da floresta enfeitando a paisagem. Já o cavalinho, tinha grandes limitações, não era bicho solto que pudesse viver entregue à natureza. Nele, certa vez, foi colocado um cabresto por alguém que visitou a floresta e a partir daí sua liberdade foi cerceada. A borboleta, no entanto, embora tivesse a amizade de muitos outros animais e a liberdade de voar por toda a floresta.

Gostava de fazer companhia ao cavalinho, agradava-lhe ficar ao seu lado e não era por pena, era por companheirismo, afeição, dedicação e carinho. Assim, todos os dias, ia visitá-lo e lá chegando levava sempre um coice, depois então um sorriso. Entre um e outro ela optava por esquecer o coice e guardar dentro do seu coração o sorriso. Sempre o cavalinho insistia com a borboleta que lhe ajudasse a carregar o seu cabresto por causa do seu enorme peso. Ela, muito carinhosamente, tentava de todas as formas ajudá-lo, mas isso nem sempre era possível por ser ela uma criaturinha tão frágil.

Os anos se passaram e numa manhã de verão a borboleta não apareceu para visitar o seu companheiro. Ele nem percebeu, preocupado que ainda estava em se livrar do cabresto. E vieram outras manhãs e mais outras e milhares de outras, até que chegou o inverno e o cavalinho sentiu-se só e finalmente percebeu a ausência da borboleta. Resolveu então sair do seu canto e procurar por ela.

Caminhou por toda a floresta a observar cada cantinho onde ela poderia ter se escondido e não a encontrou. Cansado se deitou embaixo de uma árvore. Logo em seguida um elefante se aproximou e lhe perguntou quem era ele e o que fazia por ali.
-Eu sou o cavalinho do cabresto e estou a procura de uma borboleta que sumiu.
- Ah, é você então o famoso cavalinho?
- Famoso, eu?
- É que eu tive uma grande amiga que me disse que também era sua amiga e falava muito bem de você. - Mas afinal, qual borboleta que você está procurando?

- É uma borboleta colorida, alegre, que sobrevoa a floresta todos os dias visitando todos os animais amigos.
- Nossa, mas era justamente dela que eu estava falando. Não ficou sabendo? Ela morreu e já faz muito tempo.
- Morreu? Como foi isso?
-Dizem que ela conhecia, aqui na floresta, um cavalinho, assim como você e todos os dias quando ela ia visitá-lo, ele dava-lhe um coice. Ela sempre voltava com marcas horríveis e todos perguntavam a ela quem havia feito aquilo, mas ela jamais contou a ninguém. Insistíamos muito para saber quem era o autor daquela malvadeza e ela respondia que só ia falar das visitas boas que tinha feito naquela manhã e era aí que ela falava com a maior alegria de você.


Nesse momento o cavalinho já estava derramando muitas lágrimas de tristeza e de arrependimento.
- Não chore meu amigo, sei o quanto você deve estar sofrendo. Ela sempre me disse que você era um grande amigo, mas entenda, foram tantos os coices que ela recebeu desse outro cavalinho, que ela acabou perdendo as asinhas, depois ficou muito doente, triste e sucumbiu e morreu.
- E ela não mandou me chamar nos seus últimos dias?
- Não, todos os animais da floresta quiseram lhe avisar, mas ela disse o seguinte: Não perturbem meu amigo com coisas pequenas, ele tem um grande problema que eu nunca pude ajudá-lo a resolver. Carrega no seu dorso um cabresto, então será cansativo demais pra ele vir até aqui."

Valor aos Humildes

Durante meu primeiro ano da faculdade, nosso professor nos deu um questionário. Eu era bom aluno e respondi rápido todas as questões até chegar a última: “Qual o primeiro nome da mulher que faz a limpeza da escola?”.
Sinceramente, isso parecia uma piada. Eu já tinha visto a tal mulher várias vezes.

Ela era alta, cabelo escuro, lá pelos seus 50 anos, mas como eu ia saber o primeiro nome dela? Eu entreguei meu teste deixando essa questão em branco e um pouco antes da aula terminar, um aluno perguntou se a última pergunta do teste ia contar na nota.

“É claro!”, respondeu o professor. “Na sua carreira, você encontrará muitas pessoas. Todas têm seu grau de importância. Elas merecem sua atenção mesmo que seja com um simples sorriso ou um simples “alô”. Eu nunca mais esqueci essa lição e também acabei aprendendo que o primeiro nome dela era Dorothy.

Obs.: Você pode e deve ser importante, mas o mais importante é o respeito ao próximo e o valor que você dá aos humildes.

Bom dia!!

De Tudo, um Pouco

Que você tenha de tudo um pouco:
Sensibilidade Para não ficar indiferente diante das belezas da vida. Coragem Para colocar a timidez de lado e poder realizar o que tem vontade.

Solidariedade Para não ficar neutro diante do sofrimento da humanidade. Bondade Para não desviar os olhos de quem te pede uma ajuda. Tranqüilidade Para quando chegar ao fim do dia, poder deitar e dormir o sono dos anjos. Alegria Para você distribuí-la, colocando um sorriso no rosto de alguém.

Humanidade Para você reconhecer aquilo que você não é. Amor Próprio Para você perceber suas qualidades e gostar do que vê por dentro. Fé Para te guiar, te sustentar e te manter de pé. Sinceridade Para você ser verdadeiro, gostar de você mesmo e viver melhor.

Felicidade Para você descobri-la dentro de você e doá-la a quem precisar. Amizade Para você descobrir que, quem tem um amigo, tem um tesouro. Esperança Para fazer você acreditar na vida e se sentir uma eterna criança. Sabedoria Para entender que só o Bem existe, o resto é ilusão.

Desejo Para alimentar o seu corpo, dando prazer ao seu espírito. Sonhos Para poder, todos os dias, alimentar a sua alma. Amor Para você ter alguém para amar e sentir-se amado. Para você desejar tocar uma estrela, sorrir pra lua. Sentir que a vida é bela, andando pela rua. Para você descobrir que existe um sol dentro de você.

Para você se sentir feliz a cada amanhecer e saber que o Amor é a razão maior... para viver. Mas se você não tiver um amor, que nunca deixe morrer em você, a procura... o desejo de o encontrar.

O Obstáculo mais Difícil da Vida

Um grande sábio possuía três filhos jovens, inteligentes e consagrados à sabedoria. Em certa manhã, eles altercavam a propósito do obstáculo mais difícil no grande caminho da vida. No auge da discussão, prevendo talvez conseqüências desagradáveis, o genitor benevolente chamou-os a si e confiou-lhes curiosa tarefa.

Iriam os três ao palácio do príncipe governante, conduzindo algumas dádivas que muito lhes honraria o espírito de cordialidade e gentileza. O primeiro seria o portador de rico vaso de argila preciosa. O segundo levaria uma corça rara. O terceiro transportaria um bolo primoroso da família. O trio recebeu a missão com entusiástica promessa de serviço para a pequena viajem de três milhas; no entanto, no meio do caminho, começaram a discutir.

O depositário do vaso não concordou com a maneira pela qual o irmão puxava a corça delicada, e o responsável pelo animal dava instruções ao carregador do bolo, a fim de que não tropeçasse, perdendo o manjar; este último aconselhava o portador do vaso valioso, para que não caísse.

O pequeno séqüito seguia, estrada afora, dificilmente, porquanto cada viajante permanecia atento as obrigações que diziam respeito aos outros, através de observações acaloradas e incessantes. Em dado momento, o irmão que conduzia o animalzinho, olvida a própria tarefa, a fim de consertar a posição da peça de argila nos braços do companheiro, e o vaso, premido pelas inquietações de ambos, escorrega, de súbito, para espatifar-se no cascalho.

Com o choque, o distraído orientador da corça perde o governo do animal, que foge espantado. O carregador do bolo avança para sustar-lhe a fuga, e o bolo se perde totalmente no chão. Desapontados e irritadiços, os três rapazes voltam a presença do pai, apresentando cada qual a sua queixa de derrota.

O sábio, porém, sorriu e explicou-lhes:

-- Aproveitem o ensinamento da estrada. Se cada um de vocês estivesse vigilante na própria tarefa, não colheriam as sombras do fracasso.

O mais intrincado problema do mundo, meus filhos, é o de cada homem cuidar dos próprios negócios, sem intrometer-se nas atividades alheias.Enquanto cogitamos de responsabilidades que competem aos outros, as nossas viverão esquecidas.

As Duas Vizinhas

Havia duas vizinhas que viviam em pé de guerra. Não podiam se encontrar na rua que era briga na certa.

Depois de um tempo, dona Maria descobriu o verdadeiro valor da amizade e resolveu que iria fazer as pazes com dona Clotilde. Ao se encontrarem na rua, muito humildemente, disse dona Maria: Minha querida Clotilde, já estamos nessa desavença há anos e sem nenhum motivo aparente. Estou propondo para você que façamos as pazes e vivamos como duas boas e velhas amigas.


Dona Clotilde, na hora estranhou a atitude da velha rival, e disse que iria pensar no caso. Pelo caminho foi matutando... Essa dona Maria não me engana, está querendo me aprontar alguma coisa e eu não vou deixar barato. Vou mandar-lhe um presente para ver sua reação.

Chegando em casa, preparou uma bela cesta de presentes, cobrindo-a com um lindo papel, mas encheu-a de esterco de vaca. "Eu adoraria ver a cara da dona Maria ao receber esse maravilhoso presente. Vamos ver se ela vai gostar dessa". Mandou a empregada levar o presente à casa da rival, com um bilhete: "Aceito sua proposta de paz e para selarmos nosso compromisso, envio-te esse lindo presente".

Dona Maria estranhou o presente, mas não exaltou. Que ela está propondo com isso? Não estamos fazendo as pazes? Bem, deixa pra lá. Alguns dias depois dona Clotilde atende a porta e recebe uma linda cesta de presentes coberta com um belo papel.

É a vingança daquela asquerosa da Maria. Que será que ela me aprontou!

Qual foi sua surpresa ao abrir a cesta e ver lindo arranjo das mais belas flores que podiam existir num jardim, e um cartão com a seguinte mensagem: "Estas flores é o que te ofereço em prova da minha amizade. Foram cultivadas com o esterco que você me enviou e que proporcionou excelente adubo para meu jardim. Afinal, cada um dá o que tem em abundância em sua vida".

Comece o Dia fazendo uma limpeza!

Varra de seu coração:
Visite:
Mensagens, Papel de Parede, Videos a tristeza, a angustia , a aflição ,
Varra de sua vida:
a inveja, a maledicência, a fofoca
Varra do seu corpo:
a preguiça, o tédio , os maus pensamentos
Varra de seu caminho:
o mau olhado, o mau agouro, o mau pressentimento..

Deixe fluir a alegria de sua alma
Trabalhe seu corpo para o bem
Agradeça por seu trabalho
e acima de tudo comece seu dia com
FELICIDADE …
Muito obrigada por sua companhia em mais uma semana!!!!!

…Pois novos horizontes se aproximam
novas conquistas e alegrias irão chegar
e temos que estar pronto para receber tudo isso!!!!!

As três árvores

Havia, no alto da montanha, três pequenas árvores que sonhavam o que seriam depois de grandes. A primeira, olhando as estrelas, disse:- Eu quero ser o baú mais precioso do mundo, cheio de tesouros.

Visite: Mensagens, Papel de Parede, Videos Para tal, até me disponho a ser cortada.

A segunda olhou para o riacho e suspirou:

- Eu quero ser um grande navio para transportar reis e rainhas

A terceira árvore olhou o vale e disse:

- Eu quero ficar aqui no alto da montanha e crescer tanto que, as pessoas ao olharem para mim, levantem seus olhos e pensem em Deus.

Muitos anos se passaram, e certo dia vieram três lenhadores e cortaram as três árvores, todas muito ansiosas em serem transformadas naquilo com que sonhavam.

Mas lenhadores não costumam ouvir e nem entender sonhos!

Que pena!

A primeira árvore acabou sendo transformada num cocho de animais, coberto de feno.

A segunda virou um simples e pequeno barco de pesca, carregando pessoas e peixes todos os dias.

E a terceira, mesmo sonhando em ficar no alto da montanha, acabou cortada em altas vigas e colocada de lado em um depósito.

E todas as três se perguntavam desiludidas e tristes:

- Para que isso?

Mas, numa certa noite, cheia de luz e de estrelas, onde havia mil melodias no ar, uma jovem mulher colocou seu neném recém-nascido naquele cocho de animais.

E de repente, a primeira árvore percebeu que continha o maior tesouro do mundo!

A segunda árvore, anos mais tarde, acabou transportando um homem que acabou dormindo no barco, mas quando a tempestade quase afundou o pequeno barco, o homem se levantou e disse:

“PAZ”! E num relance, a segunda árvore entendeu que estava carregando o rei dos céus e da terra.

Tempos mais tarde, numa sexta-feira, a terceira árvore espantou-se quando suas vigas foram unidas em forma de cruz e um homem foi pregado nela.

Logo, sentiu-se horrível e cruel.

Mas, logo no domingo, o mundo vibrou de alegria e a terceira árvore entendeu que nela havia sido pregado um homem para salvação da humanidade, e que as pessoas sempre se lembrariam de Deus e de seu filho Jesus Cristo ao olharem para ela.

As árvores haviam tido sonhos… Mas as suas realizações foram mil vezes melhores e mais sábias do que haviam imaginado.

Temos os nossos sonhos e nossos planos que, por vezes, não coincidem com os planos que Deus tem para nós; e, quase sempre, somos surpreendidos com a sua generosidade e misericórdia.

É importante compreendermos que tudo vem de Deus, acreditarmos, termos fé, pois Ele sabe muito bem o que é melhor para cada um de nós.

O Garoto Pastor e o Lobo

Um Jovem Pastor de ovelhas, encarregado que fora de tomar conta de um rebanho perto de um vilarejo, por três ou quatro vezes, fez com que os moradores e donos dos animais, viessem correndo apavorados ao local do pasto, sempre motivados pelos seus gritos: “Lobo! Lobo!”.

E quando eles chegavam ao pastoreio, imaginando que o jovem estava em apuros com o Lobo, encontravam-no zombando do pavor que estes demonstravam.

O Lobo, entretanto, por fim, de fato se aproximou do rebanho. Então, o jovem pastor, agora realmente apavorado, tomado de pavor, gritava desesperado: “Por Favor, venham me ajudar; o Lobo está matando todo o rebanho!”. Mas, ninguém deu ouvidos aos seus gritos.

Moral da História:

Ninguém acredita em um mentiroso, mesmo quando fala a verdade.

Sapatos & Amigos

Uma senhora entrou na loja disposta a pagar qualquer preço por um sapato novo, bonito e confortável. Experimentou um, calçou outro, e nada. Quando calçava bem, não era bonito. Se era bonito, não era confortável. Mesmo os modelos mais caros não agradavam, sempre faltava alguma coisa.

Após experimentar uma enorme pilha, finalmente encontrou aquele que procurava. Macio, confortável e de modelo muito bonito.

- Achei! Quanto custa? - perguntou.
- Nada madame, esse já está pago - respondeu o vendedor - esse a senhora estava calçando quando entrou na loja. É o seu!

Estava tão novinho, macio e confortável que não parecia ser seu velho sapato. Sem saber o que dizer, constrangida, despediu-se do vendedor.

Quantas vezes, nos dispomos a pagar qualquer preço por um amigo alegre e jovial, que saiba cantar e tocar, e que esteja sempre disposto a nos acompanhar no clube, nas festas, enfim, o amigo de todos os momentos. Nessa ansiosa procura experimentamos pilhas de desilusões e não percebemos que bem pertinho de nós está alguém que já se amoldou tanto ao nosso modo de viver que parece nem existir.

Ouve, aceita, caminha conosco. Protege os nossos passos e o tratamos com descaso, como aquele calçado que usamos todos os dias e não cuidamos sequer de sua aparência. Nada de graxa protetora, nem ao menos um paninho úmido. No entanto, na hora da desgraça, na angústia e na doença, ele não desaparece e ressurge como um anjo salvador, brotando de baixo daquela enorme pilha de falsos amigos.

A teoria diz que os melhores calçados são aqueles de maior custo, mas a prática mostra que os melhores amigos são aqueles que recebemos gratuitamente. A verdadeira amizade, mesmo após muitos anos de uso, parece sempre nova.

Alguns pequenos arranhões são facilmente reparados com uma escova de brilho. Algumas escovadinhas e reaparece o brilho do respeito e da compreensão. Reaparece o brilho do perdão.

A mulher e o gênio

Havia uma mulher corcunda magoada com o mundo, que vivia magoada com seu terrível calombo nas costas.

A mulher andava curvada, rastreando os cantos com seus olhos tristes, mal humorada, até que um dia encontrou um objeto mágico onde há séculos vivia um gênio, que se materializou na sua frente oferecendo-lhe quatros pedidos por sua libertação.

A mulher fez o primeiro:
- Eu queria ter uma casa mais bonita do que a chata da Dona Maria, aquela mulher fofoqueira....

Zás!!! Apareceu-lhe uma casa maravilhosa.

Veio o segundo pedido.
- Eu queria ter um carro muito mais bonito, possante e moderno do que o infeliz do Seu Zé.

Zás!!!! Surgiu em sua frente um carro sensacional.

Assim fez o terceiro pedido:
- Eu queria ter mais jóias do que a Dona Joana, aquela intragável.

Zás!!! Apareceram-lhe jóias maravilhosas.


Foi a vez do quarto e último pedido:
- Agora, gênio, eu quero que você realize meu último pedido: Que suma aquilo que trás as amarguras da minha vida, meu desgosto, meu maior defeito...

E Zás!!!!... de novo.
Sumiu-lhe a língua...

temperar o aço

Lynell Waterman conta a história do ferreiro que, depois de uma juventude cheia de excessos, decidiu entregar sua alma a Deus. Durante muitos anos trabalhou com afinco, praticou a caridade, mas apesar de toda a sua dedicação, nada parecia dar certo em sua vida. Muito pelo contrário: seus problemas e dívidas acumulavam-se cada vez mais.

Uma bela tarde, um amigo que o visitava e que se compadecia de sua situação difícil comentou:
- É realmente muito estranho que, justamente depois que você resolveu se tornar um homem temente a Deus, sua vida começou a piorar. Eu não desejo enfraquecer sua fé, mas, apesar de toda a sua crença no mundo espiritual, nada tem melhorado.

O ferreiro não respondeu imediatamente: ele já havia pensado nisso muitas vezes, sem entender o que acontecia em sua vida. Entretanto, como não queria deixar o amigo sem resposta, começou a falar e terminou encontrando a explicação que procurava. Eis o que disse o ferreiro:
- Eu recebo nesta oficina o aço ainda não trabalhado, e preciso transformá-lo em espadas. Você sabe como isso é feito?

“Primeiro, eu aqueço a chapa de aço num calor infernal, até que ela fique vermelha. Em seguida, sem qualquer piedade, eu pego o martelo mais pesado, e aplico vários golpes, até que a peça adquira a forma desejada. “Logo ela é mergulhada num balde de água fria, e a oficina inteira se enche com o barulho do vapor, enquanto a peça estala e grita por causa da súbita mudança de temperatura. “Tenho que repetir este processo até conseguir a espada perfeita: uma vez apenas não é suficiente.”

O ferreiro deu uma longa pausa, acendeu um cigarro, e continuou: -As vezes, o aço que chega as minhas mãos não consegue agüentar este tratamento. O calor, as marteladas, e a água fria terminam por enche-lo de rachaduras. E eu sei que jamais se transformará numa boa lâmina de espada. “Então, eu simplesmente o coloco no monte de ferro-velho que você viu na entrada da minha ferraria.”

Mais uma pausa, e o ferreiro concluiu:
- Sei que Deus esta me colocando no fogo das aflições. Tenho aceito as marteladas que a vida me dá, e as vezes sinto-me tão frio e insensível como a água que faz sofrer o aço.

Mas a única coisa que peço é: “Meu Deus, não desista, até que eu consiga tomar a forma que o Senhor espera de mim. Tente da maneira que achar melhor, pelo tempo que quiser mas jamais me coloque no monte de ferro-velho das almas”.

O elefante acorrentado

Você já observou um elefante no circo? Durante o espetáculo, o enorme animal faz demonstrações de força descomunais.

Mas, antes de entrar em cena, o elefante permanece preso, quieto,contido somente por uma corrente que aprisionava uma de suas patas a uma pequena estaca cravada no solo.

Sem dúvida a estaca é um pequeno pedaço de madeira. E, ainda que a corrente fosse grossa parece óbvio que esse animal, capaz de arrancar uma árvore com sua própria força, poderia, com facilidade, arrancá-la do solo e fugir.

Que mistério! Por que não foge?
Perguntei então a um adestrador, sobre o
mistério do elefante. Ele explicou que o elefante não escapa porque está amestrado. Fiz então a pergunta óbvia.
Se está amestrado, por que o prendem? Não houve resposta.

Há alguns anos descobriram que, por sorte minha, alguém havia sido bastante sábio para encontrar a resposta: 'o elefante do circo não escapa porque foi preso à estaca ainda muito pequeno'.

Fechei os olhos e imaginei o pequeno recém-nascido logo preso. Naquele
momento, o elefantinho puxou, forçou, tentando se soltar. E apesar de todo o esforço, não pode sair. A estaca era certamente muito pesada para ele.
E o elefantinho, tentava e nada. Até que um dia, cansado, aceitou o seu destino. Então, aquele elefante enorme não se solta porque acredita que não pode.

Jamais, jamais voltou a colocar em prova sua força, e isso muitas vezes acontece com a gente! Vivemos crendo em um montão de coisas que "não podemos, que não vamos conseguir", por mais que tentemos, simplesmente porque, quando éramos crianças e inexperientes, algo não deu certo ou ouvimos tantos "nãos", que isso ficou gravado na nossa memória com tanta
força, que perdemos a criatividade e aceitamos o: "sempre foi assim".

De vez em quando sentimos as correntes e confirmamos o estigma: "Não posso, Nunca poderei é muito grande pra mim!". A única maneira é tentar de novo e não ter medo de enfrentar as barreiras, colocar muita coragem no coração e não ter medo de arrebentar as correntes.

Aprendendo com os gansos

Quando um ganso bate as asas, cria um vácuo para o pássaro que voa logo atrás. Voando em uma formação em V, todos do bando tem seu desempenho 71% melhor do que teriam se voassem separados.

Lição nº 1
Pessoas que compartilham uma direção comum e senso de comunidade podem atingir seus objetivos mais rápido e facilmente.
Sempre que um ganso sai da formação, sente subitamente a resistência do ar ao tentar voar sozinho. Rapidamente, volta para a formação, aproveitando o movimento da ave imediatamente à sua frente.

Lição nº 2
Se tivermos tanta sensibilidade quanto um ganso, permaneceremos em formação com aqueles que se dirigem para onde pretendemos ir e nos disporemos a aceitar a sua ajuda, assim como prestar a nossa ajuda aos outros.
Quando o ganso líder se cansa, muda para trás na formação e, imediatamente, um outro ganso assume o lugar, voando para a posição de ponta.

Lição nº 3
É preciso organizar um revezamento das tarefas pesadas e dividir a liderança. As pessoas, assim como os gansos, são dependentes umas das outras.
Os gansos de trás, na formação, grasnam para incentivar os da frente e aumentar a velocidade.

Lição nº 4
Precisamos nos assegurar de que o nosso "grasno" seja encorajador para que a nossa equipe aumente o seu desempenho.
Quando um ganso fica doente e fraco ou é abatido, dois gansos saem da formação e seguem-no para ajudá-lo e protegê-lo. Ficam com ele até que ele esteja apto para voar, ou até que acabe morrendo. Só assim, eles voltam ao procedimento normal, com outra formação, ou vão atrás de outro bando.

Lição nº 5
Se nós tivermos tanto bom senso quanto os gansos, também estaremos ao lado das outras pessoas nos momentos difíceis.

Não perca o barco

Lembre-se de que estamos todos no mesmo barco. Nossa sobrevivência depende muitas vezes da sobrevivência do nosso próximo ! Planeje para o futuro. Não estava chovendo quando Noé construiu a Arca. Muitas vezes não podemos pressentir o que nos aguarda , precisamos aprender a confiar em Deus.

Mantenha-se em forma.

Quando você tiver 60 anos, alguém pode lhe pedir para fazer algo realmente grande. Enquanto Noé construía a arca, todos zombavam dele por construir um barco no meio do DESERTO . Não dê ouvido aos críticos; apenas continue a fazer o trabalho que precisa ser feito. Construa seu futuro em terreno alto.

Quando olhamos para o horizonte , vemos o infinito ! Por segurança, viaje em pares.Todos com Noé entraram aos pares , isto nos trás uma nova reflexão : Lembre-se , o Grande Homem de Nazaré nunca enviou ninguém sozinho !

A velocidade nem sempre é uma vantagem. Os caramujos estavam a bordo com os leopardos. Temos muitas diferenças, o importante é que somos essenciais uns para os outros e podemos chegar juntos , mesmo com diferenças gritantes !

Quando estiver estressado, flutue por um tempo. Esperar , muitas vezes , é a melhor solução , há coisas que fogem de nosso controle , relaxe e espere o dilúvio passar !

Lembre-se, a Arca foi construída por amadores; o Titanic por profissionais. Ter a benção de Deus é garantia de sucesso .

Não importa a tempestade, pois quando você está com Deus há sempre um arco-íris de esperanças te esperando , desafiando-o para um novo começo !

Marisa Mello Martins

www.rivalcir.com.br

flor solitária

Em um deserto distante, vivia uma solitária flor. Tão bela, delicada e com um perfume tão bom que a própria areia desviava-se com a ajuda do vento para não molestá-la.

Afinal, era a única flor do deserto... Ela dava à paisagem árida um toque de vida e luz.
- Por que nasci assim? - pensava ela - tão longe de minhas irmãs e primas?

Olhava ao redor e só via areia clara e o céu azul.
Os grãos de areia adoravam visitá-la.
Ela, tão linda e colorida, alegrava e dava vida àquele deserto.

Alguns grãos de areia viajavam dias e dias para conhecê-la. Comentavam entre si como era mais bela a paisagem graças à presença daquela flor.
Mas a flor, por não entender sua missão, sentia-se muito só. Se existia um motivo para a sua vida, qual seria ele?

Os grãozinhos de areia tentavam se comunicar com ela, mas por pertencerem a dimensões, ou reinos diferentes (vegetal e mineral), eles não conseguiam transmitir à flor o quão importante e necessária era a sua presença ao deserto.

Em cada amanhecer, a flor olhava ao redor em busca de algum sinal de vida. Deprimida, ela, então, definhou e morreu. Os grãos de areia, que nada puderam fazer, entristeceram-se. Já não queriam mais passear e até o vento, naqueles dias, desistiu de soprar... Perguntavam eles:

- Será que a flor que procurava vida ao seu redor não percebeu que ela era a própria vida?

Ela era a alegria e o colorido da paisagem! Por que insistiu em procurar fora aquilo que estava dentro dela?

Os três descobridores

Tinham ouvido falar de uma terra maravilhosa, onde havia ouro e prata e toda a sorte de riquezas; e mais: lá não havia dor, nem ódio, nem tristeza. Quem a descobrisse teria descoberto o paraíso.

E partiram, cada qual com o seu mapa, que cada qual julgava o mais preciso. No caminho decidiram separar-se, já que um não acreditava no mapa nem no projeto de caminhada do outro.

Cada qual foi arranjando outros companheiros e espalhando que o mapa dos outros era falso e não levava à terra prometida. O mapa deles, sim, era o certo.
E lá se foram aqueles grupos em caravanas à procura do paraíso na terra, que seria porta de entrada para o paraíso no céu.

Cantavam seus hinos, recitavam seus versos, tinham sua linguagem própria e apostavam na sua versão do mapa. Tinham o verdadeiro roteiro.
Às vezes cruzavam seus caminhos, quase sempre para se acusarem de desvios.

Mas a terra maravilhosa parecia cada dia mais impossível. Chegavam aos oásis, achavam que era, mas não era.
Seus mapas precisavam ser interpretados e em geral, eram mal interpretados. Mil vezes disseram: chegamos. Mil vezes tiveram que admitir que ainda não era o que buscavam.

Um dia um especialista em mapas e caminhos convocou uma reunião de todos. Queria ver os três mapas e checá-los com o original.
- Como? Que original? Original é o nosso!
- Não, disse ele, os três são traduções. O original está comigo.
- Como, com você?
- Fui eu que fiz o mapa. Quero ver o que vocês andaram fazendo com ele. Na ânsia de serem os mais certos, muitos de vocês andaram introduzindo coisas neles que eu jamais coloquei.

Aceitaram ir e na reunião o caminhante disse:
- A terra maravilhosa não existe aqui neste mundo, mas o caminho pode ser maravilhoso. Preocupados em chegar lá primeiro, vocês nem perceberam que a beleza do roteiro estava em caminhar juntos. E por não terem aprendido a caminhar juntos não aproveitaram nada dos seus mapas e por isso mesmo não chegaram.

Dito isso, o caminhante desapareceu e os três descobridores descobriram muito tarde que, ou se busca junto um aprendendo com o mapa do outro ou ninguém chega.

Acordar

Você sabe o que significa a palavra "acordar"? Vamos fazer uma brincadeira e separar em sílabas da palavra acordar: a-cor-dar. Ouviu? Desse jeito, parece significar "dar a cor", "colocar o coração em tudo que faz".

Existem pessoas que levantam às 6 da manhã e só acordam às 6 da tarde. É isso mesmo! Pela manhã caem da cama, são jogadas da cama, mas passam o dia todo dormindo.

E existem alguns, acredite, que passam a vida toda e não conseguem acordar.

Eu tive um amigo que acordou aos 54 anos de idade. Ele me disse: "Descobri que estou na profissão errada"! E ele já estava se aposentando... Imagine o trauma que esse amigo criou para si, para os amigos, para a sua família. Foi infeliz durante toda sua vida profissional porque simplesmente não "acordou".

Eu, na época, era muito jovem, mas compreendi bem o que ele estava me ensinando naquele momento. Por mais cinzento que possa estar sendo o dia de hoje, ele tem exatamente a cor que dá a ele. Sabe por quê? Porque a vida tem a cor que "a gente pinta".

Os dias são exclusivos. Cada dia é um novo dia, ninguém o viveu antes de ninguém. Ele está ali, esperando que eu e você façamos com que ele seja o melhor da nossa vida.

Acredite em você! O universo é o limite!

Dê a você a oportunidade de "a-cor-dar" todos os dias e compartilhar com os outros o que temos de melhor: o privilégio de ser e fazer os outros felizes.

A Escolha é Sua

Você já ouviu alguma vez falar de livre-arbítrio? Livre-arbítrio quer dizer livre escolha, livre opção. Em todas as situações da vida, sempre temos duas ou mais possibilidades para escolher. E a cada momento a vida nos exige decisão. Sempre temos que optar entre uma ou outra atitude. Desde que abrimos os olhos, pela manhã, estamos optando entre uma atitude ou outra.

Ao ouvir o despertador, podemos escolher entre abrir a boca para lamentar por não ser nosso dia de folga ou para agradecer a Deus por mais um dia de oportunidades, no corpo físico. Ao encontrarmos o nosso familiar que acaba de se levantar, podemos resmungar qualquer coisa, ficar calado, ou desejar, do fundo da alma, um bom dia. Quando chegamos ao local de trabalho, podemos optar entre ficar de bem com todos ou buscar o isolamento, ou, ainda, contaminar o ambiente com mau humor.

Conta um médico, que trata de pacientes com câncer, que as atitudes das pessoas variam muito, mesmo em situações parecidas.
Diz ele que duas de suas pacientes, quase da mesma idade, tiveram que extirpar um seio por causa da doença. Uma delas ficou feliz por continuar viva e poder brincar com os netos, a outra optou por lamentar pelo seio que havia perdido, embora também tivesse os netos para se distrair.

Quando alguém o ofende, você pode escolher por revidar, calar-se ou oferecer o tratamento oposto. A decisão sempre é sua. O que vale ressaltar é que todas as ações terão uma reação correspondente, como conseqüência. E essa ação é de nossa total responsabilidade. E isso deve ser ensinado aos filhos desde cedo. Caso a criança escolha agredir seu colega e leve alguns arranhões, deverá saber que isso é resultado da sua ação e, por conseguinte, de sua inteira responsabilidade.

Tudo na vida está sujeito à lei de causa e efeito: para uma ação positiva, um efeito positivo; para uma ação infeliz, o resultado correspondente. Se você chega ao trabalho bem humorado, alegre, radiante, e encontra seu colega de mau humor, você pode decidir entre sintonizar na faixa dele ou fazer com que ele sintonize na sua. Você tem ainda outra possibilidade de escolha: ficar na sua.

Todavia, da sua escolha dependerá o resto do dia. E os resultados lhe pertencem. Jesus ensinou que a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória. Pois bem, nós estamos semeando e colhendo o tempo todo. Se semeamos sementes de flores, colhemos flores; se plantamos espinheiros, colheremos espinhos. Não há outra saída.

Mas o que importa mesmo é saber que a opção é nossa. Somos livres para escolher, antes de semear. Aí é que está a justiça divina. Mesmo as semeaduras que demoram bastante tempo para germinar, um dia terão seus frutos. São aqueles atos praticados no anonimato, na surdina, que aparentemente ficam impunes. Um dia eles aparecerão e reclamarão colheita.

Igualmente, os atos de renúncia, de tolerância, de benevolência, que tantas vezes parecem não dar resultados, um dia florescerão e darão bons frutos e perfume agradável. É só deixar nas mãos do jardineiro divino, a quem chamamos de Criador.

Pense nisso!
A hora seguinte será o reflexo da hora atual. O dia de amanhã trará os resultados do dia de hoje. É assim que vamos construindo a nossa felicidade ou a nossa desdita, de acordo com a nossa livre escolha, com nosso livre-arbítrio.

marido pegou a folha de papel que ela lhe entregara e começou a ler. “Senhor, esta noite peço-te algo de muito especial: transforma-me numa televisão! Quero ocupar o espaço dela. Viver como a televisão da minha casa vive. Ter um lugar especial para mim e reunir a minha família ao redor.

Ser levado a sério quando falar…Ser o centro das atenções e ser escutado sem interrupções ou perguntas. Quero receber a mesma atenção que ela recebe quando não funciona.

Ter a companhia do meu pai quando ele chega em casa; mesmo que esteja cansado. Que a minha mãe me procure quando estiver sozinha e aborrecida, em vez de me ignorar. E ainda, que os meus irmãos “briguem” para poderem estar comigo.

Quero sentir que a minha família deixa tudo de lado, de vez em quando, para passar alguns momentos comigo. Por fim, que eu possa divertir a todos. Senhor, não te peço muito…só Te peço que me deixes viver com intensidade, o que qualquer televisão vive.!” Quando terminou a leitura o marido virou-se para a esposa e disse:

Meu Deus, coitado desse menino. Que pais ele tem! A professora olhou bem nos olhos do marido, e depois baixou-os, dizendo num sussurro: Essa redação pertence ao nosso filho!

E você? Será que você se dedica mais a televisão do que a sua família, e aos seus filhos? Pense nisso! melhor, repense, ou ainda melhor, continue pensando. Complicado né

Morangos...

Talvez, ao me ouvir falar em felicidade, você se pergunte se eu não tenho problemas, se tudo dá sempre certo para mim, se nunca passei por uma grande dificuldade que me tenha deixado marcas, como ocorre com a maioria das pessoas.
É claro que sim, sou como todo mundo. Tenho angústias, fico estressado, as pessoas às vezes me traem, mas eu procuro comer os morangos da vida. Um sujeito estava caindo em um barranco e se agarrou às raízes de uma árvore.

Em cima do barranco havia um urso imenso querendo devorá-lo.
O urso rosnava, mostrava os dentes, babava de ansiedade pelo prato que tinha à sua frente. Embaixo, prontas para engoli-lo, quando caísse, estavam nada mais nada menos do que seis onças tremendamente famintas.
Ele erguia a cabeça, olhava para cima e via o urso rosnando.
Quando o urso dava uma folga, ouvia o urro das onças, próximas do seu pé. As onças embaixo querendo comê-lo e o urso em cima querendo devorá-lo. Em determinado momento, ele olhou para o lado esquerdo e viu um morango vermelho, lindo, com aquelas escamas
douradas refletindo o sol.

Num esforço supremo, apoiou seu corpo, sustentado apenas pela mão direita, e, com a esquerda, pegou o morango.
Quando pôde olhá-lo melhor, ficou inebriado com sua beleza. Então, levou o morango à boca e se deliciou com o sabor doce e suculento.
Foi um prazer supremo comer aquele morango tão gostoso. Deu para entender? Talvez você me pergunte: "Mas, e o urso?"
Dane-se o urso e coma o morango! E as onças?
Azar das onças, coma o morango! Se ele não desistir, a onça ou o urso desistirão....

Às vezes, você está em sua casa no final de semana, com seus filhos e amigos, comendo um churrasco.
Percebendo seu mau humor, sua esposa lhe diz:
" Meu bem, relaxe e aproveite o Domingo! ".
E você, chateado, responde:
"Como posso curtir o Domingo se amanhã vai ter um monte de ursos querendo me pegar na empresa?"
Relaxe e viva um dia por vez: coma o morango.
Problemas acontecem na vida de todos nós, até o último suspiro.
Sempre existirão ursos querendo comer nossas cabeças e onças a arrancar nossos pés. Isso faz parte da vida e é importante que saibamos viver dentro desse cenário.

Mas nós precisamos saber comer os morangos, sempre. A gente não pode deixar de comê-los só porque existem ursos e onças. Você pode argumentar:
"Eu tenho muitos problemas para resolver."
Problemas não impedem ninguém de ser feliz.
O fato de ter que conviver com chatos não é motivo para você deixar de gostar de seu trabalho.
Coma o morango, não deixe que ele escape.
Poderá não haver outra oportunidade de experimentar algo tão saboroso.
Saboreie os bons momentos.

Sempre existirão ursos, onças e morangos.
Eles fazem parte da vida.
Mas o importante é saber aproveitar o morango.
Coma o morango quando ele aparecer.
Não deixe para depois.
O melhor momento para ser feliz é agora.
O futuro é uma ilusão que sempre será diferente do que imaginamos.
As pessoas vêem o sucesso como uma miragem.
Como aquela história da cenoura pendurada na frente do burro que nunca a alcança. As pessoas visualizam metas e, quando as realizam, descobrem que elas não trouxeram felicidade.

Então, continuam avançando e inventam outras metas que também não as tornam felizes.
Vivem esperando o dia em que alcançarão algo que as deixará felizes. Elas esquecem que a felicidade é construída todos os dias.
Lembre-se: a felicidade não é algo que você vai conquistar fora de você... Então, coma os morangos e seja feliz...

Duas histórias, dois destinos

Primeira história
Certa vez, um garoto era levado à sala de emergência de um hospital, após ter sido atropelado. O motorista que o socorreu, ao ser interpelado para efetuar o depósito necessário ao atendimento, informou que não possuía, naquele momento, dinheiro ou cheque que pudesse oferecer em garantia, mas certamente, se o hospital aceitasse, poderia efetuar o depósito na primeira oportunidade. O atendente, na impossibilidade de liberar o atendimento, mas com a vantagem de estar próximo de um dos diretores do hospital, que também era médico, de plantão naquele momento, resolveu consultá-lo.

Todavia, por não ter dinheiro nem garantias para o tratamento, não liberou o atendimento, fato que levou a criança atropelada a falecer. O diretor, novamente chamado para assinar o atestado de óbito do garoto, descobre que este era seu filho, que poderia ter sido salvo se tivesse recebido atendimento.

Segunda história
Antonio, pai de família, certo dia, quando voltava do trabalho, dirigindo num trânsito bastante pesado, deparou com um senhor que dirigia apressadamente. Vinha cortando todo mundo e, quando se aproximou do carro de Antonio, deu-lhe uma tremenda fechada, já que precisava atravessar para a outra pista. Naquela hora, a vontade de Antonio foi de xingá-lo e impedir sua passagem, mas logo pensou: "Coitado...! Se ele está tão nervoso e apressado assim, vai ver que está com um problema sério e precisando chegar logo ao seu destino".

E pensando assim, foi diminuindo a marcha e deixou-o passar. Chegando em casa, Antonio recebeu a notícia de que seu filho de três anos havia sofrido um grave acidente e fora levado ao hospital pela sua esposa. Imediatamente seguiu para lá e, quando chegou, sua esposa veio ao seu encontro e o tranqüilizou-o, dizendo: "Graças a Deus está tudo bem, pois o médico chegou a tempo para socorrer nosso filho. Ele já está fora de perigo". Antonio, aliviado, pediu que sua esposa o levasse até o médico para agradecer-lhe. Qual não foi a sua surpresa quando percebeu que o médico era aquele senhor apressado para o qual ele havia dado passagem!

Esteja sempre alerta para ajudar o próximo, independentemente de sua aparência ou condição financeira. Procure ver as pessoas além das aparências. Imagine que, por trás de uma atitude, existe uma história, um motivo que leva a pessoa a agir de determinada forma.

Para quem você trabalha?

Recentemente fui servido por um garçom mal-educado. Sua linguagem corporal dizia mais ou menos o seguinte: “quem mandou você vir a este restaurante?”.

Ele demorou 20 minutos para me trazer um cappuccino e, quando chegou, metade estava no pires. Conversando, eu lhe perguntei sobre seu trabalho e seu patrão. Aí ele disse: "É claro que não quero trabalhar para esse cretino o resto da vida”.

Infelizmente o nosso garçom esqueceu um aspecto importantíssimo da vida no local de trabalho: a gente não trabalha para o patrão; trabalha para si mesmo.

Nenhum empregador é perfeito, e pode ser que seus colegas sejam preguiçosos. Mas quando você se candidata a um emprego, o seu dever é dar o melhor de si e não prejudicar o cara que assina os cheques no fim do mês.

Quando você só dá 50 por cento do seu esforço, acaba sofrendo muito mais do que o patrão. Este, quando muito, sai perdendo algum dinheiro. Você perde o entusiasmo e a auto-estima, além de um bom pedaço da vida.

Algumas pessoas acreditam que há coisas “boas” e coisas “ruins” para fazer na vida. Não é assim. Uma pessoa interessante pode tornar interessante um trabalho tedioso...

Gostar do trabalho é uma escolha. Há pessoas que são capazes de transformar as piores atividades num prazer! Elas simplesmente partem do princípio de que o trabalho deve ser interessante, e pronto!

Em poucas palavras: você dá o melhor de si não porque precisa impressionar as pessoas. Dá o melhor porque é a única maneira de gostar do trabalho.

Pescaria Inesquecível

Ele tinha onze anos e, cada oportunidade que surgia, ia pescar no cais próximo ao chalé da família, numa ilha que ficava em meio a um lago.

A temporada de pesca só começaria no dia seguinte, mas pai e filho saíram no fim da tarde para pegar apenas peixes cuja captura estava liberada.

O menino amarrou uma isca e começou a praticar arremessos, provocando ondulações coloridas na água. Logo, elas se tornaram prateadas pelo efeito da lua nascendo sobre o lago. Quando o caniço vergou, ele soube que havia algo enorme do outro lado da linha. O pai olhava com admiração, enquanto o garoto habilmente, e com muito cuidado, erguia o peixe exausto da água.

Era o maior que já tinha visto, porém sua pesca só era permitida na temporada. O garoto e o pai olharam para o peixe, tão bonito, as guelras para trás e para frente. O pai, então, acendeu um fósforo e olhou para o relógio. Eram dez da noite, faltavam apenas duas horas para a abertura da temporada. Em seguida, olhou para o peixe e depois para o menino, dizendo:
- Você tem que devolvê-lo, filho.
- Mas, papai, reclamou o menino.
- Vai aparecer outro, insistiu o pai.
- Não tão grande quanto este, choramingou a criança.

O garoto olhou à volta do lago. Não havia outros pescadores ou embarcações à vista. Voltou novamente o olhar para o pai. Mesmo sem ninguém por perto, sabia, pela firmeza em sua voz, que a decisão era inegociável. Devagar, tirou o anzol da boca do enorme peixe e o devolveu à água escura. O peixe movimentou rapidamente o corpo e desapareceu. E, naquele momento, o menino teve certeza de que jamais veria um peixe tão grande quanto aquele.

Isso aconteceu há trinta e quatro anos. Hoje, o garoto é um arquiteto bem-sucedido. O chalé continua lá, na ilha em meio ao lago, e ele leva seus filhos para pescar no mesmo cais.

Sua intuição estava correta. Nunca mais conseguiu pescar um peixe tão maravilhoso como o daquela noite. Porém, sempre vê o mesmo peixe repetidamente todas as vezes que depara com uma questão ética. Porque, como o pai lhe ensinou, a ética é simplesmente uma questão de certo e errado. Agir corretamente, quando se está sendo observado, é uma coisa. A ética, porém, está em agir corretamente quando ninguém está nos vendo.

Ensinamentos

Um companheiro amargurado por desgostos do cotidiano, certa feita, através de emissora interiorana, ouviu a voz empolgante de um professor de otimismo que lhe cativou a atenção e a simpatia.
De três em três dias, ei-lo postado junto ao receptor, a fim de registrar os concertos do orientador distante.

Tão admirado se viu com as respostas com que o prestimoso amigo reconfortava e instruía aos ouvintes, que lhe dirigiu a primeira carta, solicitando-lhe auxílio para sanar as inquietações de que reconhecia ser objeto.

Entusiasmado com os apontamentos que obtinha pelo sem fio, confiou-se à copiosa correspondência, rogando-lhe as opiniões que chegavam sempre sinceras e sensatas.

Aquele homem, cujas palavras de paz e compreensão se espalhavam pelo rádio, devia conhecer as mais intrigadas questões humanas.

Para quaisquer indagações, expedia a resposta exata e tanto adentrou na faixa dos pensamentos novos que lhe eram endereçados que o amigo, dantes fatigado e pessimista, observou-se curado da angústia crônica que o possuía.

Renovado e feliz, deliberou exteriorizar a gratidão que lhe vibrava nos recessos do ser, procurando abraçar o benfeitor pessoalmente.

Combinaram dia e hora para o encontro e o beneficiado despendeu oito horas, em automóvel, varando estradas difíceis, de modo a reverenciar o professor que lhe reabilitara as forças para a vida.

Só então, depois de atingir a cidade para a qual se dirigia, entre consternação e jubilo, conseguiu avistá-lo, verificando, por fim, que o distinto radialista, que lhe devolvera a alegria de viver e trabalhar, era paralítico e cego.

Mantendo o controle

Existem muitas coisas sobre as quais absolutamente você não tem nenhum controle e que certamente têm o potencial de influenciar significativamente a sua vida.

Uma vez que as coisas estão mesmo fora do seu controle, deveria você simplesmente sentar e deixar acontecer? Sim e não. Deixar acontecer, sim. Sentar, não.

Não importa quão fora do seu controle as coisas possam estar, não importa quão impotente você se encontre diante dessa situação, o fato, porém, é que você pode sempre ter no controle a maneira para responder a esta circunstância.

Até mesmo diante da mais aparente desesperançada situação, a esperança está sempre presente. Por quê? Porque a esperança não reside em circunstâncias, mas ela se faz presente no coração. Ninguém pode tirar de você aquilo que existe em seu interior.

Faça o seu melhor com as coisas das quais você tem controle e você irá florescer a despeito das incertezas ao seu redor. Esteja preparado para responder de uma maneira positiva e eficiente a qualquer circunstância que vier ao seu encontro.

Apesar de muitas delas estarem além do seu controle, o que você irá fazer com a circunstância é algo que só você poderá decidir.