RÁDIO CULTURA FM - 87.9 MHZ

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segunda-feira, 17 de junho de 2013

As duas Pulgas

Duas pulgas estavam conversando e então uma comentou com a outra:- Sabe qual é o nosso problema? Nós não voamos, só sabemos saltar. Daí nossa chance de sobrevivência quando somos percebidas pelo cachorro é zero. É por isso que existem muito mais moscas do que pulgas.

E elas contrataram uma mosca como consultora, entraram num programa de reengenharia de vôo e saíram voando. Passado algum tempo, a primeira pulga falou para a outra:
- Quer saber ? Voar não é o suficiente, porque ficamos grudadas ao corpo do cachorro e nosso tempo de reação é bem menor do que a velocidade da coçada dele. Temos de aprender a fazer como as abelhas, que sugam o néctar e levantam vôo rapidamente.

E elas contrataram o serviço de consultoria de uma abelha, que lhes ensinou a técnica do chega-suga-voa. Funcionou, mas não resolveu. A primeira pulga explicou por quê:
- Nossa bolsa para armazenar sangue é pequena, por isso temos de ficar muito tempo sugando. Escapar, a gente até escapa, mas não estamos nos alimentando direito. Temos de aprender como os pernilongos fazem para se alimentar com aquela rapidez

E um pernilongo lhes prestou uma consultoria para incrementar o
tamanho do abdômen. Resolvido, mas por poucos minutos. Como tinham ficado maiores, a aproximação delas era facilmente percebida pelo cachorro, e elas eram espantadas antes mesmo de pousar.

Foi aí que encontraram uma saltitante pulguinha: - Ué, vocês estão enormes! Fizeram plástica? - Não, reengenharia. Agora somos pulgas adaptadas aos desafios do século 21. Voamos, picamos e podemos armazenar mais alimento. - E por que é que estão com cara de famintas? - Isso é temporário. Já estamos fazendo consultoria com um morcego, que vai nos ensinar a técnica do radar. E você? - Ah, eu vou bem, obrigada. Forte e sadia.

Era verdade. A pulguinha estava viçosa e bem alimentada. Mas as pulgonas não quiseram dar a pata a torcer: - Mas você não está preocupada com o futuro? Não pensou em uma reengenharia? - Quem disse que não? Contratei uma lesma como consultora - Hã? O que as lesmas têm a ver com pulgas? - Tudo. Eu tinha o mesmo problema que vocês duas. Mas, em vez de dizer para a lesma o que eu queria, deixei que ela avaliasse a situação
e me sugerisse a melhor solução. E ela passou três dias ali, quietinha, só observando o cachorro e então ela me deu o diagnóstico.

- E o que a lesma sugeriu fazer?? - Não mude nada. Apenas sente no cocuruto do cachorro. É o único lugar  que a pata dele não alcança. Você não precisa de uma reengenharia radical para ser mais eficiente...Muitas vezes, a GRANDE MUDANÇA é uma simples questão de reposicionamento.
Bom dia!!

terça-feira, 4 de junho de 2013

Batatas...


                      
O professor pediu para que os alunos levassem batatas e uma bolsa de plástico para a aula. Durante a aula ele pediu para que separassem uma batata para cada pessoa de quem sentiam mágoas, escrevessem os seus nomes nas batatas e as colocassem dentro da bolsa.
Algumas das bolsas ficaram muito pesadas. A tarefa consistia em, durante uma semana, levar a todos os lados a bolsa com as batatas. Naturalmente a condição das batatas foi se deteriorando com o tempo.

O incômodo de carregar a bolsa, a cada momento, mostrava-lhes o  tamanho do peso espiritual diário que a mágoa ocasiona, bem como o  
fato de que, ao colocar a atenção na bolsa, para não esquecê-la em  nenhum lugar, os alunos deixavam de prestar atenção em outras coisas  que eram importantes para eles.

Esta é uma grande metáfora do preço que se paga, todos os dias, para manter, a dor, a bronca e a negatividade. 
Principalmente quando damos importância aos problemas não resolvidos ou às promessas não cumpridas, nossos pensamentos enchem-se de mágoa, aumentando o stress e roubando nossa alegria.

Perdoar e deixar estes sentimentos irem embora é a única forma de trazer de volta a paz e a calma.
Vamos lá... jogue fora suas "batatas" e sorria!!!

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Volte-se para outra janela

     

A menina debruçada na janela, trazia nos olhos grossas lágrimas e o
peito oprimido pelo sentimento de dor causado pela morte do seu
cão de estimação.

Com pesar, observava atenta o jardineiro a enterrar o corpo do amigo
de tantas brincadeiras. A cada pá de terra jogada sobre o animal, sentia como se sua felicidade estivesse sendo soterrada também.

O avô que observava a neta, aproximou-se, envolveu-a num
abraço e falou-lhe com serenidade: Triste a cena, não é verdade?

A netinha ficou ainda mais triste e as lágrimas rolaram em abundância.

No entanto, o avô, que sinceramente desejava confortá-la, chamou-lhe a atenção para outra realidade. Tomou-a pela mão e a conduziu até uma janela opostamente localizada na ampla sala.

Abriu as cortinas e permitiu que ela visse o imenso jardim florido
à sua frente, e lhe perguntou carinhosamente:
Está vendo aquele pé de rosas amarelas, bem ali à frente?
Lembra que você me ajudou a plantá-lo? Foi num dia de sol como o de hoje,que nós dois o plantamos. Era apenas um pequeno galho
cheio de espinhos,  e hoje... veja como está lindo, carregado de flores perfumadas e botões como promessa de novas rosas...

A menina enxugou as lágrimas que ainda teimavam em permanecer em
suas faces e abriu um largo sorriso, mostrando as abelhas que pousavam sobre as flores e as borboletas que faziam festa entre uma e outra, das tantas rosas de variados matizes, que enfeitavam o jardim.

O avô, satisfeito por tê-la ajudado a superar o momento de dor,
falou-lhe com afeto:

Veja, minha filha, a vida nos oferece sempre várias janelas.
Quando a paisagem de uma delas nos causa tristeza, sem que
possamos alterar-lhe o quadro, voltemo-nos para outra, e certamente
nos depararemos com uma paisagem  diferente. 


Bom dia!!!

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Poças de lama

Quando olho dentes-de-leão, eu vejo ervas daninhas invadindo meu quintal. Meus filhos vêem flores para mãe e sopram a penugem branca pensando em um desejo.

Quando olho um velho mendigo que me sorri, eu vejo uma pessoa suja que provavelmente quer dinheiro e eu me afasto. Meus filhos vêem alguém sorrir para eles e sorriem de volta.
Quando ouço uma música, eu gosto e sei que não sei cantar e não tenho ritmo, então me sento e escuto. Meus filhos sentem a batida e dançam. Cantam e se não sabem a letra, criam a sua própria.

Quando sinto um forte vento em meu rosto, me esforço contra ele. Sinto-o atrapalhando meu cabelo e empurrando-me para trás enquanto ando. Meus filhos fecham seus olhos, abrem seus braços e voam com ele, até que caiam a rir pela terra.
Quando rezo, eu digo Tu e Vós e conceda-me isto, dê-me aquilo. Meus filhos dizem, "Olá Deus! Agradeço por meus brinquedos e meus amigos. Por favor mantenha longe os maus sonhos hoje à noite. Eu ainda não quero ir para o céu. Eu sentiria falta de minha mãe e de meu pai."

Quando olho uma poça de lama eu dou a volta. Eu vejo sapatos enlameados e tapetes sujos. Meus filhos sentam-se nela. Vêem represas para construir, rios para cruzar e bichinhos para brincar.
Eu queria saber se nos foram dados os filhos para os ensinarmos ou para aprendermos.

Aprecie as pequenas coisas da vida, porque um dia você poderá olhar para trás e descobrir que eram grandes coisas grandes.
Meu desejo para você?
Grandes poças de lama e dentes-de-leão!!!
Tradução Sergio Barros

quinta-feira, 23 de maio de 2013

A catadora de vidro



Uma família de cinco pessoas estava passeando um dia na praia. As crianças estavam tomando banho de mar e fazendo castelos na areia, quando, ao longe, apareceu uma velhinha.

Seu cabelo grisalho esvoaçava ao vento e suas roupas eram sujas e esfarrapadas. Resmungava qualquer coisa, enquanto apanhava coisas da praia e as colocava em um saco.

Os pais chamaram as crianças e lhes disseram para ficar longe da velha.

Quando esta passou, curvando-se de vez em quando para apanhar coisas, sorriu para a família, mas seu cumprimento não foi correspondido.

Muitas semanas mais tarde, souberam que a velhinha dedicara a vida ...à cruzada de apanhar caquinhos de vidro da praia para que as crianças não cortassem os pés.

Em nossas vidas é assim...algumas pessoas passam  a vida inteira nos protegendo  sem que saibamos... em troca nem bom dia...quanto mais um obrigado!!!

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Como era a pessoa de Jesus Cristo


O governador da Judéia, Públius Lentulus, ao César Romano: Soube ó César, que desejavas informações acerca desse homem virtuoso que se chama Jesus, que o povo considera um profeta, e seus discípulos, o filho de Deus, criador do céu e da terra.

Com efeito, César, todos os dias se ouvem contar dele coisas maravilhosas. Numa palavra, ele ressuscita os mortos e cura os enfermos. É um homem de estatura regular, em cuja fisionomia se reflete tal doçura e tal dignidade que a gente sente obrigado a amá-lo e temê-lo ao mesmo tempo.

A sua cabeleira tem até as orelhas, a cor das nozes maduras e, daí aos ombros tingem-se de um louro claro e brilhante; divide- se uma risca ao meio, á moda nazarena. A sua barba, da mesma cor da cabeleira, e encaracolada, não longa e também repartida ao meio. Os seus olhos severos têm o brilho de um raio de sol; ninguém o pode olhar em face.

Quando ele acusa ou verbera, inspira o temor, mas logo se põe a chorar. Até nos rigores é afável e benévolo. Diz-se que nunca
ninguém o viu rir, mas muitas vezes foi visto chorando. As suas
mãos são belas como seus braços, toda gente acha sua conversação agradável e sedutora. Não é visto amiúde em público e, quando aparece, apresenta-se modestissimamente vestido. O seu porte é muito distinto. É belo. Sua mãe, aliás, é a mais bela das mulheres que já se viu neste país.

Se o queres conhecer, ó César, como uma vez me escreveste, repete a tua ordem e eu te o mandarei. Se bem que nunca houvesse estudado, esse homem conhece todas as ciências. Anda descalço e de cabeça descoberta. Muitos riem, quando ao longe o enxergam; desde que porém. se encontram face a face com ele, tremem e admiram-no.


Dizem os hebreus que nunca viram um homem semelhante, nem
doutrinas iguais às suas. Muitos crêem que ele seja Deus, outros afirmam que é teu inimigo, ó César. Diz-se ainda que ele nunca desgostou ninguém, antes se esforça para fazer toda gente venturosa.
(A descrição acima foi traduzida de  uma carta de Públius Lentulus a César Augusto, Imperador de Roma. Públius Lentulus foi predecessor de Pôncio Pilatos como governador da Judéia, na época em que Jesus Cristo iniciou seu ministério. O texto original encontra-se na biblioteca do Vaticano. Comprovada sua autenticidade, tornou-se, fora da Bíblia, o documento mais importante sobre a pessoa do Senhor Jesus.)

segunda-feira, 20 de maio de 2013

O semeador


 
Quando eu estava no primário, o valentão da oitava série deu-me um soco no estômago. Não somente me feriu como, também, me deixou bastante irritado, o embaraço e a humilhação eram intoleráveis. Eu queria, desesperadamente, igualar o placar! Eu planejei encontrá-lo no dia seguinte no estacionamento de bicicletas e me vingar.

Por alguma razão, eu contei meu plano para Nana, minha avó - grande erro. Deu-me uma de suas lições, daquelas que duram horas (aquela mulher realmente sabia falar). O sermão foi longo e, entre outras coisas, me 
lembro dela dizer-me que eu não precisava me preocupar com ele. Disse:  - As boas ações produzem bons resultados e as más ações produzem maus resultados.

Eu respondi, de uma maneira agradável, naturalmente, que eu estava cansado disso. Eu lhe disse que eu fazia coisas boas a toda hora e tudo o que consegui de retorno foram besteiras. Ela me 
encarou, bem séria, e disse:
- Cada boa ação voltará para você algum dia e, da mesma forma, cada má ação também voltará à você. Não tenha dúvida.

Levei cerca de 30 anos para compreender a sabedoria de suas palavras.

Nana estava vivendo em uma casa de repouso em Laguna Hills, Califórnia. Toda terça-feira, eu a visitava e a levava para um jantar. Eu sempre a encontrava bem vestida, sentada em uma cadeira de frente à porta. Me lembro bem de nosso 
último jantar. Fomos à um simples e pequeno restaurante. Eu pedi uma carne de panela para Nana e um hambúrguer para mim. A comida chegou e enquanto eu devorava um sanduíche, notei que Nana não estava comendo.

Apenas olhava fixamente para a comida em seu prato. Puxei o prato de Nana e cortei sua carne em pequenos pedaços. Então recoloquei o prato à sua frente. Enquanto ela, muito fraca e com grande dificuldade, colocava a carne em sua boca, fui atingido por uma 
recordação que trouxe lágrimas aos meus olhos. Quarenta anos antes, quando era um pequeno menino, quando sentava-me à mesa, Nana pegava a carne em meu prato e a cortava sempre em pequenos pedaços, assim eu poderia comer sem dificuldades.

Levou 40 anos, mas a boa ação tinha sido retribuída. Nana estava certa. Nós colhemos exatamente o que semeamos. "Cada boa ação que você fizer, algum dia 
voltará à você".

Ah! E quer saber sobre o valentão da oitava série?
Apanhou e correu do valentão da nona série.

Bom dia!!

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Fale a sua verdade mas saiba ouvir a do outro...



Recentemente, descobri que não sou um bom ouvinte; e comecei a observar mais as pessoas nesse sentido. E constatei que muitas pessoas também têm tendência à chatice. Sim, porque chato é aquele que sempre tem uma opinião sobre tudo e que acha que deve expressá-la a todo momento. O chato acredita que o outro não é capaz de dizer tudo o que é necessário e que a sua contribuição para o assunto ou para resolver o problema é fundamental e indispensável.

O Chato não quer ouvir, não sabe ouvir, não suporta ouvir! Só quer falar e, justamente por isso, acaba perdendo momentos preciosos da vida, afastando-se de pessoas maravilhosas de seu convívio. E o pior: é rotulado, com razão, como arrogante!

É preciso exercitar a arte de ouvir porque, quem não ouve, não cresce; fica apenas com a bagagem que já possui.

Reconheça mais e considere os pensamentos e sentimentos das pessoas que convivem com você. Crie o hábito de perceber o que os outros querem realmente dizer. Dê uma chance às pessoas de colocarem por completo as suas idéias, "pô"!

Saiba escutar! Aprenda a perceber as intenções e as necessidades dos outros. Seja mais humilde e ouça as pessoas, as suas verdades.

Coloque-se no agora e deixe claro para si mesmo o que foi dito pelo outro, "tá"? Interesse-se pelos planos, pelos ideais, pelos problemas e pela vida de quem está diante de você, apenas tendo uma atitude de ouvir. Tenha calma e abaixe a sua ansiedade quando estiver numa conversa. Fale mas também ouça! Sorria mais, viu? Desenvolva mais o seu bom-humor e deixe mais à vontade quem conversa com você.

Bom Dia! Bom Divertimento! Aquele abraço! Aquela Paz!
"Quem fala e não ouve é egoísta. Só sabe falar quem sabe ouvir"

quarta-feira, 15 de maio de 2013

As sete verdades do bambu


As sete verdades do bambu
Depois de uma grande tempestade, o menino que estava passando férias na casa do seu avô, o chamou para a varanda e falou: Vovô, corre aqui !

Me explica como esta figueira, árvore frondosa e imensa, que precisava de quatro homens para abraçar seu tronco se quebrou, caiu com vento e com chuva, e...

...este bambu tão fraco continua de pé ? Filho, o bambu permanece em pé porque teve a humildade de se curvar na hora da tempestade. A figueira quis enfrentar o vento. O bambu nos ensina sete coisas. Se você tiver a grandeza e a humildade dele, vai experimentar o triunfo da paz em seu coração.

A primeira verdade que o bambu nos ensina, e a mais importante, é a humildade diante dos problemas, das dificuldades. Eu não me curvo diante do problema e da dificuldade, mas diante daquele, o único, o princípio da paz, aquele que me chama, que é o Senhor.

Segunda verdade: o bambu cria raízes profundas. É muito difícil arrancar um bambu, pois o que ele tem para cima ele tem para baixo também. Você precisa aprofundar a cada dia suas raízes em Deus na oração.

Terceira verdade: Você já viu um pé de bambu sòzinho? Apenas quando é novo, mas antes de crescer ele permite que nasça outros a seu lado (como no cooperativismo). Sabe que vai precisar deles. Eles estão sempre grudados uns nos outros, tanto que de longe parecem com uma árvore. Às vezes tentamos arrancar um bambu lá de dentro, cortamos e não conseguimos. Os animais mais frágeis vivem em bandos, para que desse modo se livrem dos predadores.

A quarta verdade que o bambu nos ensina é não criar galhos. Como tem a meta no alto e vive em moita, comunidade, o bambu não se permite criar galhos. Nós perdemos muito tempo na vida tentando proteger nossos galhos, coisas insignificantes que damos um valor inestimável. Para ganhar, é preciso perder tudo aquilo que nos impede de subirmos suavemente.

A quinta verdade é que o bambu é cheio de “nós” ( e não de eu’s ). Como ele é ôco, sabe que se crescesse sem nós seria muito fraco. Os nós são os problemas e as dificuldades que superamos. Os nós são as pessoas que nos ajudam, aqueles que estão próximos e acabam sendo força nos momentos difíceis. Não devemos pedir a Deus que nos afaste dos problemas e dos sofrimentos. Eles são nossos melhores professores, se soubermos aprender com eles.

A sexta verdade é que o bambu é ôco, vazio de si mesmo. Enquanto não nos esvaziarmos de tudo aquilo que nos preenche, que rouba nosso tempo, que tira nossa paz, não seremos felizes. Ser ôco significa estar pronto para ser cheio do Espírito Santo.

Por fim, a sétima lição que o bambu nos dá é exatamente o título do livro: ele só cresce para o alto. Ele busca as coisas do Alto. Essa é a sua meta.

(Padre Léo)

terça-feira, 14 de maio de 2013

A Fábula do camundongo


Diz uma antiga fábula que um camundongo vivia angustiado com medo do gato.

Um mágico teve pena dele e o transformou em gato. Mas aí ele ficou com medo de cão, por isso o mágico o transformou em pantera.

Então ele começou a temer os caçadores. A essa altura o mágico desistiu. Transformou-o em camundongo novamente e disse:

- Nada que eu faça por você vai ajuda-lo, porque você tem apenas a coragem de um camundongo.

É preciso coragem para romper com o projeto que nos é imposto.

Coragem não é a ausência do medo, é sim a capacidade de avançar, apesar do medo; caminhar para frente; e enfrentar as adversidades, vencendo os medos...

segunda-feira, 13 de maio de 2013

A Carta de Uma Criança


Pai do Céu, gente grande não vai acreditar. Recebi esse cartão de um Anjo: 'Nada pode ser mais triste do que o julgamento e a condenação. O que vemos nos outros é o nosso próprio reflexo'

Pai do Céu, o que quer dizer isso?  Obrigada.

Carta-Resposta

Pequena criatura, guarde esse cartão e esta carta que lhe mando. Mais tarde você a entenderá:
'O humilde não ataca o orgulhoso. O inteligente não rejeita os que sabem menos. O sincero não teme a mentira.
 O rico de espírito perdoa o ganancioso. O que ama de fato não condena o desamor. O leal não carrega suspeitas sobre traição. O caridoso não vê egoísmo no próximo. O que não condena vícios sabe que julgar e condenar é também um vício.

O que tem moral sabe que é imoral não respeitar que cada um viva como escolheu. O que tem beleza interior vê a beleza
além das aparências. O compreensivo sabe aceitar a incompreensão. O que não controla a vida alheia não dá importância aos controladores. O que tem fé não guerreia por religião por estar ciente de que todas conduzem a Mim.

Saiba que os que assim agem não pretendem ser perfeitos, não julgam nem condenam os menos avisados: só respeitam-se a si próprios para serem respeitados'. Pequena criatura, cresça por dentro e por fora. Pai do Céu 

(Silvia Schmidt)

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Escravo Ésopo


Ésopo era um escravo de rara inteligência que servia à casa de um conhecido chefe militar da antiga Grécia. Certo dia, em que seupatrão conversava com outro companheiro sobre os males e as virtudes do mundo, Ésopo foi chamado a dar sua opinião sobre o assunto, ao que respondeu seguramente:

– Tenho a mais absoluta certeza de que a maior virtude da Terra está à venda no mercado.

– Como? Perguntou o amo surpreso. Tens certeza do que está falando? Como podes afirmar tal coisa?

– Não só afirmo, como, se meu amo permitir, irei até lá e trarei a maior virtude da Terra.

Com a devida autorização do amo, saiu Ésopo e, dali a alguns minutos voltou carregando um pequeno embrulho.

Ao abrir o pacote, o velho chefe encontrou vários pedaços de língua, e, enfurecido, deu ao escravo uma chance para explicar-se.

– Meu amo, não vos enganei, retrucou Ésopo.

– A língua é, realmente, a maior das virtudes. Com ela podemos consolar, ensinar, esclarecer, aliviar e conduzir. Pela língua os ensinos dos filósofos são divulgados, os conceitos religiosos são espalhados, as obras dos poetas se tornam conhecidas de todos. Acaso podeis negar essas verdades, meu amo?

– Boa, meu caro, retrucou o amigo do amo. Já que és desembaraçado, que tal trazer-me agora o pior vício do mundo?

– É perfeitamente possível, senhor, e com nova autorização de meu amo, irei novamente ao mercado e de lá trarei o pior vício de toda a terra.

Concedida a permissão, Ésopo saiu novamente e dali a minutos voltava com outro pacote semelhante ao primeiro.

Ao abri-lo, os amigos encontraram novamente pedaços de língua. Desapontados, interrogaram o escravo e obtiveram dele surpreendente resposta:

– Por que vos admirais de minha escolha? Do mesmo modo que a língua, bem utilizada, se converte numa sublime virtude, quando relegada a planos inferiores se transforma no pior dos vícios. Através dela tecem-se as intrigas e as violências verbais.

Através dela, as verdades mais santas, por ela mesma ensinadas, podem ser corrompidas e apresentadas como anedotas vulgares e sem sentido. Através da língua, estabelecem-se as discussões infrutíferas, os desentendimentos prolongados e as confusões populares que levam ao desequilíbrio social. Acaso podeis refutar o que digo? –indagou Ésopo.

Impressionados com a inteligência invulgar do serviçal, ambos os senhores calaram-se, comovidos, e o velho chefe, no mesmo instante, reconhecendo o disparate que era ter um homem tão sábio como escravo, deu-lhe a liberdade.

Ésopo aceitou a libertação e tornou-se, mais tarde, um contador de fábulas muito conhecido da antigüidade e cujas histórias até hoje se espalham por todo mundo.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

VALE A PENA LER!


Naquela noite,enquanto minha esposa servia o jantar, eu segurei sua mão e disse: "Tenho algo importante para te dizer". Ela se sentou e jantou sem dizer uma palavra. Pude ver sofrimento em seus olhos.

De repente, eu também fiquei sem palavras. No entanto, eu tinha que dizer a ela o que estava pensando. Eu queria o divórcio. E abordei o assunto calmamente.

Ela não parecia irritada pelas minhas palavras e simplesmente perguntou em voz baixa: "Porquê?" Eu evitei respondê-la, o que a deixou muito brava. Ela jogou os talheres longe e gritou "você não é homem!" Naquela noite, nós não conversamos mais. Pude ouví-la chorando. Eu sabia que ela queria um motivo para o fim do nosso casamento. Mas eu não tinha uma resposta satisfatória para esta pergunta. O meu coração não pertencia a ela mais e sim a Jane. Eu simplesmente não a amava mais, sentia pena dela.
Me sentindo muito culpado, rascunhei um acordo de divórcio, deixando para ela a casa, nosso carro e 30% das ações da minha empresa.

Ela tomou o papel da minha mão e o rasgou violentamente. A mulher com quem vivi pelos últimos 10 anos se tornou uma estranha para mim. Eu fiquei com dó deste desperdício de tempo e energia mas eu não voltaria atrás do que disse, pois amava a Jane profundamente. Finalmente ela começou a chorar alto na minha frente, o que já era esperado. Eu me senti libertado enquanto ela chorava. A minha obsessão por divórcio nas últimas semanas finalmente se materializava e o fim estava mais perto agora.

No dia seguinte, eu cheguei em casa tarde e a encontrei sentada na mesa escrevendo. Eu não jantei, fui direto para a cama e dormi imediatamente, pois estava cansado depois de ter passado o dia com a Jane.

Quando acordei no meio da noite, ela ainda estava sentada à mesa, escrevendo. Eu a ignorei e volteia dormir.

Na manhã seguinte, ela me apresentou suas condições: ela não queria nada meu, mas pedia um mês de prazo para conceder o divórcio. Ela pediu que durante os próximos 30 dias a gente tentasse viver juntos de forma mais natural possível. As suas razões eram simples: o nosso filho faria seus exames no próximo mês e precisava de um ambiente propício para preparar-se bem, sem os problemas de ter que lidar com o rompimento de seus pais.

Isso me pareceu razoável, mas ela acrescentou algo mais. Ela me lembrou do momento em que eu a carreguei para dentro da nossa casa no dia em que nos casamos e me pediu que durante os próximos 30 dias eu a carregasse para fora da casa todas as manhãs. Eu então percebi que ela estava completamente louca mas aceitei sua proposta para não tornar meus próximos dias ainda mais intoleráveis.

Eu contei para a Jane sobre o pedido da minha esposa e ela riu muito e achou a idéia totalmente absurda. "Ela pensa que impondo condições assim vai mudar alguma coisa; melhor ela encarar a situação e aceitar o divórcio", disse Jane em tom de gozação.

Minha esposa e eu não tínhamos nenhum contato físico havia muito tempo, então quando eu a carreguei para fora da casa no primeiro dia, foi totalmente estranho. Nosso filho nos aplaudiu dizendo "O papai está carregando a mamãe no colo!" Suas palavras me causaram constrangimento. Do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa, eu devo ter caminhado uns 10 metros carregando minha esposa no colo. Ela fechou os olhos e disse baixinho "Não conte para o nosso filho sobre o divórcio" Eu balancei a cabeça mesmo discordando e então a coloquei no chão assim que atravessamos a porta de entrada da casa. Ela foi pegar o ônibus para o trabalho e eu dirigi para o escritório.

No segundo dia, foi mais fácil para nós dois. Ela se apoiou no meu peito,eu senti o cheiro do perfume que ela usava. Eu então percebi que há muito tempo não prestava atenção a essa mulher. Ela certamente tinha
envelhecido nestes últimos 10 anos, havia rugas no seu rosto, seu cabelo estava ficando fino e grisalho. O nosso casamento teve muito impacto nela.
Por uns segundos,cheguei a pensar no que havia feito para ela estar neste estado.

No quarto dia, quando eu a levantei, senti uma certa intimidade maior como corpo dela. Esta mulher havia dedicado 10 anos da vida dela a mim.

No quinto dia, a mesma coisa. Eu não disse nada a Jane, mas ficava a cada dia mais fácil carregá-la do nosso quarto à porta da casa. Talvez meus músculos estejam mais firmes com o exercício, pensei.

Certa manhã, ela estava tentando escolher um vestido. Ela experimentou uma série deles mas não conseguia achar um que servisse. Com um suspiro, ela disse "Todos os meus vestidos estão grandes para mim". Eu então percebi que ela realmente havia emagrecido bastante, daí a facilidade em carregá-la nos últimos dias.

A realidade caiu sobre mim com uma ponta de remorso... ela carrega tanta dor e tristeza em seu coração... Instintivamente, eu estiquei o braço e toquei seus cabelos.

Nosso filho entrou no quarto neste momento e disse "Pai, está na hora de você carregar a mamãe". Para ele, ver seu pai carregando sua mão todas as manhãs tornou-se parte da rotina da casa. Minha esposa abraçou nosso filho e o segurou em seus braços por alguns longos segundos. Eu tive que sair de perto, temendo mudar de idéia agora que estava tão perto do meu objetivo.
Em seguida, eu a carreguei em meus braços, do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa. Sua mão repousava em meu pescoço. Eu a segurei firme contra o meu corpo. Lembrei-me do dia do nosso casamento.

Mas o seu corpo tão magro me deixou triste. No último dia, quando eu a segurei em meus braços, por algum motivo não conseguia mover minhas pernas.Nosso filho já tinha ido para a escola e eu me vi pronunciando estas palavras:"Eu não percebi o quanto perdemos a nossa intimidade com o tempo".

Eu não consegui dirigir para o trabalho... fui até o meu novo futuro endereço,saí do carro apressadamente, com medo de mudar de idéia... Subi as escadas e bati na porta do quarto. A Jane abriu a porta e eu disse a ela "Desculpe Jane. Eu não quero mais me divorciar".

Ela olhou para mim sem acreditar e tocou na minha testa "Você está com febre?" Eu tirei sua mão da minha testa e repeti "Desculpe,Jane. Eu não vou me divorciar. Meu casamento ficou chato porque nós não soubemos valorizar os pequenos detalhes da nossa vida e não por falta de amor. Agora eu percebi que desde o dia em que carreguei minha esposa no dia do nosso casamento para nossa casa, eu devo segurá-la até que a morte nos separe.

A Jane então percebeu que era sério. Me deu um tapa no rosto, bateu a porta na minha cara e pude ouví-la chorando compulsivamente. Eu voltei para o carro e fui trabalhar.

Na loja de flores, no caminho de volta para casa, eu comprei um buquê de rosas para minha esposa. A atendente me perguntou o que eu gostaria de escrever no cartão. Eu sorri e escrevi: "Eu te carregarei em meus braços todas as manhãs até que a morte nos separe".

Naquela noite, quando cheguei em casa, com um buquê de flores na mão e um grande sorriso no rosto, fui direto para o nosso quarto onde encontrei minha esposa deitada na cama, morta.
Minha esposa estava com câncer e vinha se tratando a vários meses, mas eu estava muito ocupado com a Jane para perceber que havia algo errado com ela. Ela sabia que morreria em breve e quis poupar nosso filho dos efeitos de um divórcio - e prolongou a nossa vida juntos proporcionando ao nosso filho a imagem de nós dois juntos toda manhã. Pelo menos aos olhos do meu filho, eu sou um marido carinhoso.

Os pequenos detalhes de nossa vida são o que realmente contam num relacionamento. Não é a mansão, o carro, as propriedades, o dinheiro no banco. Estes bens criam um ambiente propício a felicidade mas não proporcionam mais do que conforto. Portanto, encontre tempo para ser amigo de sua esposa, faça pequenas coisas um para o outro para mantê-los próximos e íntimos. Tenham um casamento real e feliz!

Se você não dividir isso com alguém, nada vai te acontecer.

Mas se escolher compartilhar para alguém, talvez salve um casamento. Muitos fracassados na vida são pessoas que não perceberam que estavam tão perto do sucesso e preferiram desistir.

Valorize quem realmente te ama ... Pense nisso.

terça-feira, 30 de abril de 2013

A prisão de cada um


O psiquiatra Paulo Rebelato, em entrevista para a revista gaúcha Red 32, disse que o máximo de liberdade que o ser humano pode aspirar é escolher a prisão na qual quer viver. Pode-se aceitar esta verdade com pessimismo ou otimismo, mas é impossível refutá-la. A liberdade é uma abstração. 

Liberdade não é uma calça velha, azul e desbotada, e sim, nudez total, nenhum comportamento para vestir. No entanto, a sociedade não nos deixa sair à rua sem um crachá de identificação pendurado no pescoço. Diga-me qual é a sua tribo e eu lhe direi qual é a sua clausura.

São cativeiros bem mais agradáveis do que o Carandiru: podemos pegar sol, ler livros, receber amigos, comer bons pratos, ouvir música, ou seja, uma cadeia à moda Luis Estevão, só que temos que advogar em causa própria e hábeas corpus, nem pensar.

O casamento pode ser uma prisão. E a maternidade, a pena máxima. Um emprego que rende um gordo salário trancafia você, o impede de chutar o balde e arriscar novos vôos. O mesmo se pode dizer de um cargo de chefia. Tudo que lhe dá segurança ao mesmo tempo lhe escraviza. Viver sem laços igualmente pode nos reter.

Uma vida mundana, sem dependentes para sustentar, o céu como limite: prisão também. Você se condena a passar o resto da vida sem experimentar a delícia de uma vida amorosa estável, o conforto de um endereço certo e a imortalidade alcançada através de um filho. Se nem a estabilidade e a instabilidade nos tornam livres, aceitemos que poder escolher a própria prisão já é, em si, uma vitória. Nós é que decidimos quando seremos capturados e para onde seremos levados. É uma opção consciente.

Não nos obrigaram a nada, não nos trancafiaram num sanatório ou num presídio real, entre quatro paredes. Nosso crime é estar vivo e nossa sentença é branda, visto que outros, ao cometerem o mesmo crime que nós nascer foram trancafiados em lugares chamados analfabetismo, miséria e exclusão.

Brindemos: temos todos, cela especial. 

sexta-feira, 26 de abril de 2013

A rã e a falta de humildade


Uma rã se perguntava como podia afastar-se do clima frio do inverno. Uns gansos lhe sugeriram que emigrasse com eles, mas o problema era que a rã não sabia voar.

"Deixem-me pensar - disse a rã - tenho um cérebro esplêndido". Logo pediu a dois gansos, que a ajudaram a apanhar um galho forte, cada um sustentando-o por uma extremidade.

A rã pensava em segurar-se pela boca. A seu devido tempo, os gansos e a rã começaram sua travessia e em pouco tempo passaram por uma pequena aldeia, e os habitantes dali saíram para ver o inusitado espetáculo.
Alguém perguntou: "De quem foi tão brilhante idéia?"

Assim, a rã se sentira tão orgulhosa e com tal sentido de importância, que exclamou: "FUI EU"! Seu orgulho foi sua ruína, porque no momento que abriu a boca, se soltou do galho, caiu no vazio e morreu.

Há ocasiões em que a falta de humildade ou o excesso de orgulho, podem fazer cair por terra os planos mais excelentes. Um dos maiores
 ensinamentos de Jesus foi a humildade, bastante perdida nestes tempos.

Dê graças a Deus por seus êxitos, mas recorda que TUDO O QUE TEM TE FOI DADO POR ELE, quem nunca te esqueceu e sempre te espera.
Nunca ostente as coisas que tem ou sabe, pois outros sabem outras coisas que você nem sequer imagina.

Seja humilde e nunca pense mais que os demais" Da soberba do coração vem a queda.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

O Tamanho de uma pessoa


Como se mede uma pessoa? Os tamanhos variam conforme o grau de envolvimento.Ela é enorme para você quando fala do que leu e viveu, quando trata você com carinho e respeito, quando olha nos olhos e sorri destravada.
É pequena para você quando só pensa em si mesma, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente no momento em que teria que demonstrar o que há de mais importante entre duas pessoas: a amizade.Uma pessoa é gigante  para você quando se interessa pela sua vida, quando busca alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto. É pequena quando se desvia do assunto.
Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende, quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera de si mesma.Uma pessoa é pequena quando se deixa reger por comportamentos clichês. Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande. Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo.
É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos. Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, e sim de ações e reações, de expectativas e frustrações. Uma pessoa é única ao estender a mão e, ao recolhê-la inesperadamente, se torna mais uma...Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande. É a sua sensibilidade sem tamanho...
Seja sensível... ame e compreenda o outro e fortaleça os laços de amizade!

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Muito bom nem sempre é ótimo


    
Você está comendo algo delicioso e pensa que, se continuar comendo, vai ter mais e mais prazer. Então, tudo dá errado. Você se sente empanturrado, tem má digestão e o almoço se transforma no começo de uma tarde infernal. Você toma um drinque perfeito que um amigo preparou. Pede outro, mais outro e, no final, termina a noite com náuseas e dor de cabeça. No dia seguinte, de ressaca, se pergunta por que aquilo que era puro prazer se transformou em algo tão desagradável.

Essa é a questão: a maior parte dos problemas das pessoas ocorre porque elas exageram na quantidade do que gostam. Se preocupam muito com o que querem e não com aquilo que as faz feliz... Exageram e não entendem como algo maravilhoso as levou ao inferno! Tudo na vida é questão de qualidade, e não exatamente de quantidade.

Temos de pensar mais no que queremos do que em quanto queremos. Ter poder é ótimo, mas o problema começa quando se quer ter poder demais. Ter dinheiro é ótimo, mas a escravidão começa quando se quer dinheiro demais.
Ter trabalho é ótimo, mas as limitações acontecem quando só se consegue ter prazer com o trabalho. Ter uma única razão para viver também acaba criando vidas limitadas... Pensar somente em um objetivo é obsessão.

Pode ser o caminho mais curto para realizar um desejo, mas certamente é uma maneira pobre de viver. Para que nossa vida seja plena, é preciso haver espaço para a diversidade.

Bom dia!

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Dance Lento

É tão fácil perder de vista o que é importante!
Dance Lento...Alguma vez você já observou crianças num carrossel? Ou ouviu a chuva batendo no chão?
Alguma vez já seguiu o vôo errático de uma borboleta?..ou fixou o olhar no sol no crepúsculo?
É melhor você diminuir o passo. Não dance tão depressa...o tempo é curto, a música vai acabar... Você corre através de cada dia voando? Quando você pergunta “Como vai?” Você escuta a resposta?
Quando o dia finda, você deita na cama, com os próximos afazeres rolando por sua cabeça?
É melhor você diminuir o passo. Não dance tão depressa...o tempo é curto, a música vai acabar...Você disse alguma vez a uma criança: “Vamos deixar para fazer isto amanhã?” E na sua pressa, não viu a tristeza dela?
Perdeu contato, deixou uma boa amizade morrer porque você nunca tinha tempo para ligar e dizer “Oi” ?
É melhor você diminuir o passo. Não dance tão depressa...o tempo é curto, a música vai acabar...
Quando você corre tão depressa para chegar a algum lugar, você perde metade da satisfação de chegar lá.
Quando você se preocupa e se apressa em seu dia todo, é como se fosse um presente que não foi aberto... um presente jogado fora! A vida não é uma corrida... ... Leve-a mais devagar......
Ouça a música...Antes que a canção ACABE!

terça-feira, 16 de abril de 2013

O Bosque


Um médico, cujo "hobby" era plantar árvores no enorme quintal de sua casa. Às vezes, observava da minha janela o seu esforço para plantar árvores e mais árvores, todos os dias.
O que mais chamava a atenção, entretanto, era o fato de que ele jamais regava as mudas que plantava. Passei a notar, depois de algum tempo, que suas árvores estavam demorando muito para crescer.
Certo dia, resolvi então aproximar-me do médico e perguntei se ele não tinha receio de que as árvores não crescessem, pois percebia que ele nunca as regava.  Foi quando, com um ar orgulhoso, ele me descreveu sua fantástica teoria.
Disse-me que, se regasse suas plantas, as raízes se acomodariam na superfície e ficariam sempre esperando pela água mais fácil, vinda de cima. 
Como ele não as regava, as árvores demorariam mais para crescer, mas suas raízes tenderiam a migrar para o fundo, em busca da água e das várias fontes nutrientes encontradas nas camadas mais inferiores do solo.
Assim, segundo ele, as árvores teriam raízes profundas e seriam mais resistentes às intempéries.
Disse-me ainda, que freqüentemente dava uma palmadinha nas suas árvores, com um jornal enrolado, e que fazia isso para que se mantivessem sempre acordadas e atentas.
Essa foi a única conversa que tive com aquele meu vizinho.
Logo depois, fui morar em outro país, e nunca mais o encontrei.  Vários anos depois, ao retornar do exterior fui dar uma olhada na minha antiga residência.
Ao aproximar-me, notei um bosque que não havia antes.
Meu antigo vizinho, havia realizado seu sonho!   O curioso é que aquele era um dia de um vento muito forte e gelado, em que as árvores da rua estavam arqueadas, como se não estivessem resistindo ao rigor do inverno.
Entretanto, ao aproximar-me do quintal do médico, notei como estavam sólidas as suas árvores: praticamente não se moviam, resistindo implacavelmente àquela ventania toda.  Que efeito curioso, pensei eu...
As adversidades pela qual aquelas árvores tinham passado, levando palmadelas e tendo sido privadas de água, pareciam tê-las beneficiado de um modo que o conforto o tratamento mais fácil jamais conseguiriam.
Todas as noites, antes de ir me deitar, dou sempre uma olhada em meus filhos. Debruço-me sobre suas camas e observo como têm crescido.  Freqüentemente, oro por eles. Na maioria das vezes, peço para que suas vidas sejam fáceis:
"Meu Deus, livre meus filhos de todas as dificuldades e agressões desse mundo"...  Tenho pensado, entretanto, que é hora de alterar minhas orações. Essa mudança tem a ver com o fato de que é inevitável que os ventos gelados e fortes nos atinjam e aos nossos filhos.
Sei que eles encontrarão inúmeros problemas e que, portanto, minhas orações para que as dificuldades não ocorram, têm sido ingênuas demais. Sempre haverá uma tempestade, ocorrendo em algum lugar.
Portanto, pretendo mudar minhas orações. Farei isso porque, quer nós queiramos ou não, a vida é não é muito fácil.
Ao contrário do que tenho feito, passarei a orar para que meus filhos cresçam com raízes profundas, de tal forma que possam retirar energia das melhores fontes, das mais divinas, que se encontram nos locais mais remotos.
Oramos demais para termos facilidades, mas na verdade o que precisamos fazer é pedir para desenvolver raízes fortes e profundas, de tal modo que quando as tempestades chegarem e os ventos gelados soprarem, resistiremos bravamente, ao invés de sermos subjugados e varridos para longe.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

O Rico Fica Mais Rico

Se você tivesse milhões de dólares, o que você faria para multiplicar  esse dinheiro? 

Iria escondê-lo num buraco no chão ou embaixo da cama?

Claro que não. 
Você o investiria  em algo produtivo e, se o investisse sabiamente, ganharia um retorno substancial.

E se você não tem milhões de dólares para investir?

Você tem bens ainda mais valiosos

– seu tempo, sua energia, suas habilidades, seus conhecimentos, seus contatos, sua experiência, seu entusiasmo.

Você está investindo 
estes recursos sabiamente ou escondendo-os embaixo da cama?

Que tipo de retorno você está tendo das riquezas que já tem? Sua vida é mais do que valiosa.

Invista-a sabiamente e 
o retorno  será abundante.    

sexta-feira, 12 de abril de 2013

O cão


Certa vez um cão estava quase morto de sede, parado junto à água. Toda vez que ele olhava o seu reflexo na água, ficava assustado e recuava, porque pensava ser outro cão.
Finalmente, era tamanha a sua sede, que abandonou o medo e se atirou para dentro da água. Com isto, o reflexo desapareceu.
O cão descobriu que o obstáculo - que era ele próprio - a barreira entre ele e o que buscava, havia desaparecido.
Nós estamos parados no meio do nosso próprio caminho. E, a menos que compreendamos isso, nada será possível em direção ao nosso crescimento.

Se a barreira fosse alguma outra pessoa, poderíamos nos desviar, mas nós somos a barreira. Nós não podemos nos desviar - quem vai desviar-se de quem? Nossa barreira somos nós e nos seguirá como uma sombra.

Esse é o ponto onde nós estamos - juntos da água, quase mortos de sede,mas alguma coisa nos impede, porque nós ñ estamos saltando p/ dentro. Alguma coisa nos segura. O que é?

É uma espécie de medo, porque a margem é conhecida, é familiar e pular no rio é ir em direção ao desconhecido. O medo sempre diz: "agarre-se àquilo que é familiar, ao que é conhecido".

E as nossas misérias,nossas tristezas, nossas depressões, nossas angústias, nossos complexos, nos são familiares, são habituais.

Nós vivemos com eles por tanto tempo e nos agarramos a eles como se fosse um tesouro. O que nós temos conseguido com isso? Será que ñ podemos renunciar às nossas misérias? Já ñ estivemos o bastante com elas? Será que já ñ nos mutilaram demais? O que nós estamos esperando?

Esse é o caso de todos nós. Ninguém  nos está impedindo. Apenas o próprio reflexo entre nós e o nosso destino, entre nós como 1 semente e nós como 1 flor.  Não há ninguém nos impedindo, criando qualquer obstáculo.

Portanto, não  continuemos a jogar a responsabilidade nos outros. Essa é uma forma de nos consolar. Deixemos de nos consolar, deixemos de ter auto-piedade. Fiquemos atentos. Abramos os olhos. Vejamos o que está acontecendo com nossa vida.

"Escolhamos certo e decidamos dar o salto."

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Cortando Caminho


Você já viu um carro atolado na ilha central de uma rodovia? Geralmente se trata de alguém que tentou retornar, mas estava com pressa  demais para ir até a próxima saída. Decidiu então cortar caminho pelo meio da estrada e ficou atolado na lama ou em uma vala.

Como resultado, em vez de gastar mais 5 minutos até o próximo retorno, terá de gastar horas para encontrar um guincho e desatolar o carro.

Pense nisso na próxima vez que se sentir tentado a tomar um atalho em seu trabalho, em seus relacionamentos, em sua saúde ou em qualquer outra situação. A maneira mais fácil e rápida freqüentemente tem um alto custo.

O valor que você extrai da vida é equivalente ao esforço que você dedica. No final, procurar atalhos geralmente demanda mais tempo e energia do que fazer o trabalho em primeiro lugar.

Não se consegue algo em troca de nada. Porque o que você conseguir de graça, não importa o valor de mercado, não significará nada para você.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Recomeçar do zero


Você já quis ter uma borracha especial para apagar algo que fez, que aconteceu, algo que doeu tão fundo ou teve conseqüências tão graves que você daria tudo para voltar atrás e recomeçar?
Há muitos que dariam tudo na vida para recomeçar do zero, ter uma nova oportunidade para agir diferente, tomar outras decisões, fazer diferentes escolhas. E eu sei que muita gente já recomeçou uma nova vida, já deu uma volta importante que fezcom que os caminhos mudassem de direção e isso sempre é possível.
Mas não é possível recomeçar do zero. Recomeçar do zero não existe! Não existe fingir que não houve um passado e não estar ligado a ele de alguma forma. Não existe zerar o coração, nem as emoções, mesmo se passássemos nosso tempo voltando os ponteiros do relógio.
A verdade é que se pudéssemos recomeçar do zero, numa amnésia existencial, cometeríamos erros novamente, choraríamos de novo... porque não traríamos conosco essa carga de experiência que carregamos hoje, que às vezes até pesa, mas é nossa e isso não podemos negar, nem renunciar.
E é melhor assim: acreditar que tudo o que fizemos valeu de alguma forma. Erramos? Sim, e daí? Aquilo que reconhecemos como erro não faremos novamente e cada vez que tropeçamos e aprendemos com isso, colocamos algo mais na nossa bagagem da vida.
Lamentar por algo que não se teve? Que perda de tempo! As lamentações pelo que não fizemos não acrescenta nada na nossa vida. Precisamos viver de coisas concretas, do que realizamos, do que tivemos, mesmo se as perdemos.
Quem nos julga deveria julgar-se primeiro.
Ninguém é de todo bom e de todo mal. Não existem pessoas melhores que as outras, apenas as que ainda querem aprender e as que já perderam a esperança. Quem não chora por fora, chora por dentro, a diferença é que nesse caso ninguém percebe.

terça-feira, 9 de abril de 2013

O Bombeiro


O Bombeiro
A mãe parou ao lado do leito de seu filhinho de 6 anos,que estava doente de  leucemia. Como qualquer outra mãe,  ela gostaria que ele crescesse  realizasse seus  sonhos.

Agora, isso não seria mais  possível, por causa de uma   leucemia terminal. Junto dele  tomou-lhe a mão e perguntou:
 - Filho, você alguma vez já pensou o que gostaria de   ser quando  crescesse?
- Mamãe, eu sempre quis  ser um bombeiro! A mãe sorriu e  disse:
- Vamos ver o que podemos  fazer.

Mais tarde, naquele mesmo  dia, ela foi ao Corpo de   Bombeiros local e contou ao Chefe  dos Bombeiros a   situação de seu  filho e perguntou se seria Possível o garoto dar uma volta no carro dos
bombeiros, em torno   do quarteirão.

O Chefe dos bombeiros, comovido, disse:
- NÓS PODEMOS FAZER  MAIS QUE ISSO ! Se você estiver  com   o  seu filho pronto às sete horas da manhã, daqui a uma   semana, nós faremos  um bombeiro honorário, por todo o  dia. Ele poderá ir para o quartel,  comer conosco e sair para   atender  às chamada incêndio.

E se você nos deras medidas dele, nós conseguiremos um  uniforme completo:   chapéu com o emblema de nosso  batalhão, casaco amarelo   igual ao  que vestimos botas  também. Uma semana depois, o bombeiro-chefe pegou o garoto,   vestiu-lhe o uniforme de bombeiro e o escoltou do  leito   do hospital até caminhão de bombeiros.

O menino ficou   sentado na parte de  trás do caminhão, e foi até o quartel central. Parecia-lhe estar no céu... Ocorreram três chamadas  naquele dia na cidade e o garoto   acompanhou todos as três. Em cada chamada, ele foi em veículos diferentes:no tanque, na van dos paramédicos e até no carro especial  do chefe dos bombeiros.

Todo o amor e atenção que  foram dispensados ao menino   acabaram comovendo-o tão profundamente,que ele viveu   três  meses a mais que o  previsto. Uma noite, todas as suas  funções vitais começaram a cair   dramaticamente e a mãe decidiu  chamar ao hospital, toda   família.

Então, ela lembrou a emoção  que o garoto tinha passado   como um bombeiro, e pediu à  enfermeira que ligasse para   chefe  da corporação, e perguntou se seria  possível   enviar um bombeiro para  o hospital, naquele momento trágico,  para ficar com o menino.
O chefe dos bombeiros respondeu:
- NÓS PODEMOS FAZER MAIS QUE ISSO!
Nós estaremos aí em cinco minutos.
Mas faça-me um favor.
Quando você ouvir as sirenes  e vir as luzes de nossos   carros,avise no sistema de som que  não se trata de um   incêndio apenas o corpo de bombeiros vindo  visitar  mais uma vez,um de seus  mais distintos  integrantes.

E também poderia abrir a janela do quarto dele? Obrigado! Cinco minutos depois, uma  van e um caminhão com escada chegaram no hospital. Estenderam a escada até andar onde  garoto estava, e 16 bombeiros  subiram.

Com a permissão da mãe,  eles o abraçaram,seguraram, e   disseram que o amavam. Com voz  fraquinha, o menino olhou para o chefe e perguntou:
- Chefe, eu sou mesmo um  bombeiro?
- Sim, você é um dos melhores - disse ele.
Com estas  palavras, o menino sorriu e fechou seus olhos para sempre.

E você, diante do  pedido de seus pais, irmãos, filhos  parentes e amigos, o que vem fazendo? Comprometa-se e diga sempre:
EU POSSO FAZER MAIS QUE ISSO.
Esta mensagem não deve ficar  arquivada!
Absorva-a e depois encaminhe para os seus amigos!
Se é para arquivar, que seja no coração de Cada um de NÓS!

"A maior perda da vida é o que morre dentro de nós enquanto vivemos"

Deus te  abençoe!!!

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Serapião



Serapião era um velho mendigo que perambulava pelas ruas da cidade. Ao seu lado, o fiel escudeiro, um vira-lata que atendia pelo nome de  Malhado. Serapião não pedia dinheiro. Aceitava sempre um pão, uma banana, um pedaço de bolo ou um almoço feito  com sobras de comida dos mais abastados. Quando suas  roupas estavam  imprestáveis, logo era socorrido por alguma alma  caridosa.
Mudava a  apresentação e era alvo de brincadeiras. Serapião era  conhecido como um  homem bom, que perdera a razão, a família, os amigos e  até a identidade.Não bebia bebida alcoólica, estava sempre tranqüilo,mesmo quando não havia  recebido nem um pouco  de comida. Dizia sempre que Deus  lhe daria um pouco  na hora certa e, sempre na hora que Deus determinava,  alguém lhe estendia uma porção de alimentos. Serapião agradecia com  reverência e rogava a Deus pela pessoa que o ajudava.
Tudo que ganhava, dava primeiro para o malhado, que, paciente, comia e  ficava a esperar por mais um pouco.Não tinha onde  dormir, onde anoiteciam,  lá dormiam. Quando chovia, procuravam abrigo embaixo da ponte e, ali o  mendigo ficava a meditar, com um olhar perdido no  horizonte. Aquela figura me deixava sempre pensativo, pois eu não entendia aquela vida  vegetativa, sem progresso, sem esperança e sem um  futuro promissor.
Certo dia, com a desculpa de lhe oferecer umas bananas  fui bater um papo  com o velho Serapião. Iniciei a conversa falando do Malhado, perguntei pela idade dele, o que  Serapião, não sabia.  Dizia não ter idéia, pois se  encontraram um certo dia quando ambos andavam pelas ruas e falou: Nossa amizade começou com um pedaço de pão, ele parecia estar faminto e eu  lhe ofereci um pouco do meu almoço e ele agradeceu,  abanando o rabo, e daí,  não me largou mais.
Ele me ajuda muito e eu retribuo  essa ajuda sempre que  posso. Curioso perguntei:  Como vocês se ajudam?  Ele me vigia quando estou dormindo; ninguém pode chegar perto que ele  late ataca.  Também quando ele dorme, eu fico vigiando  para que outro  cachorro não o incomode.  Continuando a conversa, perguntei: Serapião, você tem algum desejo na vida? Sim, respondeu ele - tenho vontade de comer um cachorro quente, daqueles  que a Zezé vende ali na esquina. Só isso? Indaguei.
É, no momento é só isso que eu desejo.  Pois bem, vou satisfazer agora esse grande desejo.  Saí e comprei um cachorro quente para o mendigo. Voltei e lhe entreguei. Ele arregalou os olhos, deu um sorriso, agradeceu a  dádiva e em seguida tirou a salsicha, deu para o Malhado, e comeu o pão com  os temperos.  Não entendi aquele gesto do mendigo, pois imaginava ser  a salsicha o melhor pedaço, não contive e perguntei intrigado:Por que você deu para o Malhado, logo a salsicha?  Ele com a boca cheia respondeu:  Para o melhor amigo, o melhor pedaço!  E continuou comendo, alegre e satisfeito.
Despedi-me do Serapião, passei a mão na cabeça do Malhado e sai pensando... Aprendi como é bom ter amigos.  Pessoas em que possamos  confiar.  Por outro  lado, é bom ser amigo de alguém e ter a satisfação de  ser reconhecido como  tal.  Jamais esquecerei a sabedoria daquele eremita:
"PARA O MELHOR AMIGO O MELHOR PEDAÇO" Espero que sejamos mais um Serapião.