RÁDIO CULTURA FM - 87.9 MHZ

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segunda-feira, 17 de junho de 2013

As duas Pulgas

Duas pulgas estavam conversando e então uma comentou com a outra:- Sabe qual é o nosso problema? Nós não voamos, só sabemos saltar. Daí nossa chance de sobrevivência quando somos percebidas pelo cachorro é zero. É por isso que existem muito mais moscas do que pulgas.

E elas contrataram uma mosca como consultora, entraram num programa de reengenharia de vôo e saíram voando. Passado algum tempo, a primeira pulga falou para a outra:
- Quer saber ? Voar não é o suficiente, porque ficamos grudadas ao corpo do cachorro e nosso tempo de reação é bem menor do que a velocidade da coçada dele. Temos de aprender a fazer como as abelhas, que sugam o néctar e levantam vôo rapidamente.

E elas contrataram o serviço de consultoria de uma abelha, que lhes ensinou a técnica do chega-suga-voa. Funcionou, mas não resolveu. A primeira pulga explicou por quê:
- Nossa bolsa para armazenar sangue é pequena, por isso temos de ficar muito tempo sugando. Escapar, a gente até escapa, mas não estamos nos alimentando direito. Temos de aprender como os pernilongos fazem para se alimentar com aquela rapidez

E um pernilongo lhes prestou uma consultoria para incrementar o
tamanho do abdômen. Resolvido, mas por poucos minutos. Como tinham ficado maiores, a aproximação delas era facilmente percebida pelo cachorro, e elas eram espantadas antes mesmo de pousar.

Foi aí que encontraram uma saltitante pulguinha: - Ué, vocês estão enormes! Fizeram plástica? - Não, reengenharia. Agora somos pulgas adaptadas aos desafios do século 21. Voamos, picamos e podemos armazenar mais alimento. - E por que é que estão com cara de famintas? - Isso é temporário. Já estamos fazendo consultoria com um morcego, que vai nos ensinar a técnica do radar. E você? - Ah, eu vou bem, obrigada. Forte e sadia.

Era verdade. A pulguinha estava viçosa e bem alimentada. Mas as pulgonas não quiseram dar a pata a torcer: - Mas você não está preocupada com o futuro? Não pensou em uma reengenharia? - Quem disse que não? Contratei uma lesma como consultora - Hã? O que as lesmas têm a ver com pulgas? - Tudo. Eu tinha o mesmo problema que vocês duas. Mas, em vez de dizer para a lesma o que eu queria, deixei que ela avaliasse a situação
e me sugerisse a melhor solução. E ela passou três dias ali, quietinha, só observando o cachorro e então ela me deu o diagnóstico.

- E o que a lesma sugeriu fazer?? - Não mude nada. Apenas sente no cocuruto do cachorro. É o único lugar  que a pata dele não alcança. Você não precisa de uma reengenharia radical para ser mais eficiente...Muitas vezes, a GRANDE MUDANÇA é uma simples questão de reposicionamento.
Bom dia!!

terça-feira, 4 de junho de 2013

Batatas...


                      
O professor pediu para que os alunos levassem batatas e uma bolsa de plástico para a aula. Durante a aula ele pediu para que separassem uma batata para cada pessoa de quem sentiam mágoas, escrevessem os seus nomes nas batatas e as colocassem dentro da bolsa.
Algumas das bolsas ficaram muito pesadas. A tarefa consistia em, durante uma semana, levar a todos os lados a bolsa com as batatas. Naturalmente a condição das batatas foi se deteriorando com o tempo.

O incômodo de carregar a bolsa, a cada momento, mostrava-lhes o  tamanho do peso espiritual diário que a mágoa ocasiona, bem como o  
fato de que, ao colocar a atenção na bolsa, para não esquecê-la em  nenhum lugar, os alunos deixavam de prestar atenção em outras coisas  que eram importantes para eles.

Esta é uma grande metáfora do preço que se paga, todos os dias, para manter, a dor, a bronca e a negatividade. 
Principalmente quando damos importância aos problemas não resolvidos ou às promessas não cumpridas, nossos pensamentos enchem-se de mágoa, aumentando o stress e roubando nossa alegria.

Perdoar e deixar estes sentimentos irem embora é a única forma de trazer de volta a paz e a calma.
Vamos lá... jogue fora suas "batatas" e sorria!!!

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Volte-se para outra janela

     

A menina debruçada na janela, trazia nos olhos grossas lágrimas e o
peito oprimido pelo sentimento de dor causado pela morte do seu
cão de estimação.

Com pesar, observava atenta o jardineiro a enterrar o corpo do amigo
de tantas brincadeiras. A cada pá de terra jogada sobre o animal, sentia como se sua felicidade estivesse sendo soterrada também.

O avô que observava a neta, aproximou-se, envolveu-a num
abraço e falou-lhe com serenidade: Triste a cena, não é verdade?

A netinha ficou ainda mais triste e as lágrimas rolaram em abundância.

No entanto, o avô, que sinceramente desejava confortá-la, chamou-lhe a atenção para outra realidade. Tomou-a pela mão e a conduziu até uma janela opostamente localizada na ampla sala.

Abriu as cortinas e permitiu que ela visse o imenso jardim florido
à sua frente, e lhe perguntou carinhosamente:
Está vendo aquele pé de rosas amarelas, bem ali à frente?
Lembra que você me ajudou a plantá-lo? Foi num dia de sol como o de hoje,que nós dois o plantamos. Era apenas um pequeno galho
cheio de espinhos,  e hoje... veja como está lindo, carregado de flores perfumadas e botões como promessa de novas rosas...

A menina enxugou as lágrimas que ainda teimavam em permanecer em
suas faces e abriu um largo sorriso, mostrando as abelhas que pousavam sobre as flores e as borboletas que faziam festa entre uma e outra, das tantas rosas de variados matizes, que enfeitavam o jardim.

O avô, satisfeito por tê-la ajudado a superar o momento de dor,
falou-lhe com afeto:

Veja, minha filha, a vida nos oferece sempre várias janelas.
Quando a paisagem de uma delas nos causa tristeza, sem que
possamos alterar-lhe o quadro, voltemo-nos para outra, e certamente
nos depararemos com uma paisagem  diferente. 


Bom dia!!!